
A partir deste sábado (2), beneficiários de planos de saúde
individuais e coletivos vão passar a ter direito a mais 21 procedimentos, que
passam a ser obrigatórios. A nova lista inclui o teste rápido de sangue para
diagnóstico de dengue e chikungunya, para que os pacientes tenham o resultado na
própria emergência, e a ampliação do número de consultas com fonoaudiólogo,
nutricionistas, fisioterapeutas e psicoterapeutas, entre outros. O rol é uma
lista de tratamentos de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, baseada nas
doenças classificadas pela Organização Mundial da Saúde. Para incluir novos
procedimentos (OMS), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revisa a
lista a cada dois anos com base em critérios técnicos para inclusão de novos
tratamentos. “Para ser incluída no rol, é preciso que a nova tecnologia tenha um
nível de evidência científica satisfatória para comprovar que é segura, que tem
eficácia e que vai trazer benefícios aos pacientes.
Também consideramos questões epidemiológicas, como no caso da
sorologia para dengue, por exemplo”, explicou a gerente-geral de Regulação
Assistencial da ANS, Raquel Lisboa. Este ano, a elaboração da lista teve apoio
do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde e de consulta pública feita
pela ANS. A mudança vai beneficiar 50,3 milhões de consumidores em planos de
assistência médica e outros 21,9 milhões de beneficiários com planos
exclusivamente odontológicos. Sobre o impacto financeiro das mudanças, Raquel
Lisboa disse que o aumento é baixo, se comparado aos benefícios. “Nós fazemos a
avaliação a posteriori para saber o impacto das mudanças no preço dos
planos de saúde, e só o rol costuma ficar em torno de 0,5 a 1%”, informou.
Entre as novidades de tratamento estão o implante de monitor de
eventos (Looper) utilizado para diagnosticar perda da consciência por causas
indeterminadas, o implante de cardiodesfibrilador multissítio, que ajuda a
prevenir morte súbita, o implante de prótese auditiva ancorada no osso para o
tratamento das deficiências auditivas e a inclusão do enzalutamida – medicamento
oral para tratamento do câncer de próstata. A ANS ampliou também o uso de outros
procedimentos que já eram ofertados, como o tratamento imunobiológico subcutâneo
para artrite psoriásica e o uso de medicamentos para tratamento da dor com
efeito adverso ao uso de antineoplásicos.
Os usuários vão ter direito a número
maior de sessões com fonoaudiólogos. Elas passam de 24 para 48 ao ano para
pacientes com gagueira e idade superior a 7 anos e transtornos da fala e da
linguagem, de 48 para 96 para quadros de transtornos globais do desenvolvimento
e autismo e 96 sessões, para pacientes que têm implante de prótese auditiva
ancorada no osso. Houve ampliação ainda das consultas em nutrição: passam de
seis para 12 sessões para gestantes e mulheres em amamentação. Aumentou também o
número de sessões de psicoterapia, de 12 para 18 sessões.
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