
Pela primeira vez, o gol mais bonito do ano não vem da elite do
futebol mundial. Apoiado por uma forte campanha nas redes sociais, o brasileiro
Wendell Lira saiu do modesto Campeonato Goiano, onde brilhou com uma meia
bicicleta pelo ainda mais modesto Goianésia, para brilhar em Zurique. Em uma
eleição aberta com mais de 1,6 milhão de votantes, ele bateu Messi, Tevez e
outros figurões, venceu o prêmio Puskas na festa de gala da Fifa e fez história.

"É o melhor dia da minha vida. Poder estar aqui conhecendo
grandes jogadores que são meus ídolos, que conhecia só de videogame. Queria
agradecer minha família, nação brasileira que votou em mim, minha esposa e minha
filha", disse Wendell Lira, que citou a Bíblia ao receber o prêmio. "Queria
deixar uma passagem. Quando Golias apareceu disseram: 'ele é muito forte,
grande, não tem como ganhar dele'. Davi disse: 'Ele é muito grande, não tem como
não acertar ele'. É assim que temos de enfrentar os problemas diários em nossa
vida e é assim que agradeço", disse o jogador, que recebeu 46,7% dos votos
contra 33,3% de Messi, o segundo colocado.

A distância entre Lionel Messi e os demais, ao menos em termos
de premiações individuais, voltou a aumentar. Nesta segunda-feira, o argentino
confirmou seu favoritismo com 41,33% dos votos e recebeu, na festa de gala da
Fifa, sua quinta Bola de Ouro na carreira. Mesmo sem ter vencido nenhum título
no ano, Cristiano Ronaldo ficou com o vice, batendo Neymar por 27,76% a 7,86% na
disputa decisiva.
A conquista deixa Messi ainda mais isolado como o grande
vencedor do prêmio. Vencedor da Bola de Ouro entre 2009 e 2012, ele é o único do
planeta a levar a honraria cinco vezes na carreira. Atrás dele, com duas
conquistas a menos, estão Cristiano Ronaldo, Zidane e Ronaldo.
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