O Ministério Público ainda não aceitou a delação premiada
oferecida pelo advogado de Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, ex-diretor
administrativo do IDEMA – Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio
Ambiente, em torno da Operação Candeeiro, que desviou R$ 19 milhões do órgão
estadual, alegando falta de provas. Mas o advogado Fábio Hollanda, responsável
pela defesa de Gutson, já declarou que seu cliente possui provas documentais
sobreo envolvimento de políticos no esquema.
Durante seu depoimento na manhã desta segunda-feira (22),
acerca da Operação Candeeiro, deflagrada para apurar o desvio de R$ 19 milhões
do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do
Norte (Idema), o apontado pelo MP como mentor do esquema, Gutson Johnson Giovany
Reinaldo, descartou completamente o envolvimento da ex-governadora Rosalba
Ciarlini e do ex-deputado Carlos Augusto Rosado, no caso. “Nunca tratei sobre
nada ilegal com o casal”, disse Gutson, após questionamentos feitos pelo seu
advogado de defesa, Fábio Hollanda.
Gutson Reinaldo era o diretor administrativo do IDEMA no
Governo de Rosalba Ciarlini, mas foi indicado pelo então vice e hoje governador
Robinson Faria, segundo revelou Clebson José Bezerril em depoimento na última
sexta-feira (19). Após ouvir os depoimentos das testemunhas e dos réus do
processo, o juiz da 6ª vara Criminal, Guilherme Newton Pinto, deu prazo até a
tarde desta terça (23) para as defesas ou o Ministério Público solicitarem novas
diligências no processo. “Se tudo correr bem, acho que ainda esta semana devo
setenciar ou não os réus. Sobre o fato de um deputado ter sido citado no
depoimento de Gutson, não cabe a mim, juiz de primeira instância, analisar isso.
Ainda vou decidir como proceder em relação a essa citação”, falou o magistrado
ao G1RN.

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