
O senador Delcídio do Amaral (MS) enviou nesta terça-feira (15)
uma carta ao diretório do PT no Mato Grosso do Sul solicitando sua desfiliação
do partido. O parlamentar estava afastado da legenda desde que foi flagrado em
uma gravação oferecendo dinheiro à família do ex-diretor da Petrobras Nestor
Cerveró, que avaliava um eventual processo de expulsão. Na breve carta de
desfiliação encaminhada ao presidente do diretório sul-matogrossense do
PT(leia a íntegra ao final desta reportagem), Antônio Carlos Biffi,
Delcídio apenas informa que tomou a decisão de deixar a sigla, mas não apresenta
justificativas.
Ex-líder do governo no Senado, Delcídio foi preso em novembro
do ano passado por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Ele
ficou 87 dias na cadeia, mas foi solto em fevereiro depois de fechar acordo de
delação premiada com a Procuradoria Geral da República. Delcídio formalizou sua
desfiliação do PT no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou
a delação premiada e divulgou o conteúdo dos depoimentos do
senador.
Aos procuradores da República, Delcídio citou, entre outros
políticos, expoentes do PT, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a
presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Desde
que foi solto por ordem do Supremo, Delcídio ainda não retornou ao Senado. Ele
está de licença médica do Senado até o dia 22 de março. O senador enfrenta uma
representação no Conselho de Ética da Casa que pede a cassação do seu mandato.
Veja a íntegra da carta de desfiliação de
Delcídio:
Ao senhor Antônio Carlos Biffi,
Presidente do Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores do Mato Grosso do Sul
Presidente do Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores do Mato Grosso do Sul
Sirvo-me do presente para informar minha decisão de
desfiliação do Partido dos Trabalhadores. Desde já agradeço as providencias
necessárias.
Atenciosamente,
Delcidio do Amaral Gomez
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