
A Tropa de Choque da Polícia Militar retirou na manhã desta
sexta-feira os manifestantes contra o governo da presidente Dilma Rousseff que
estavam acampados na Avenida Paulista por 40 horas. Por volta das 9h, os carros
da polícia avançaram com jato d'água para dispersar as pessoas que protestavam
em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Nesta quinta-feira, a Polícia Militar orientou os manifestantes anti-Dilma a
deixarem a via. Atos a favor da presidente já estavam agendados para esta
sexta-feira por representantes da CUT, da Central de Movimentos Populares, da
Central dos Trabalhadores do Brasil, da UNE, e pelo presidente estadual do PT.
Eles devem ocorrer em frente ao Masp, também na Avenida Paulista - a pouco mais
de 200 metros de onde as pessoas acampavam.

Apesar de terem sido retirados à força, os manifestantes que se
concentravam próximos à Fiesp por volta das 10 h prometiam respeitar o ato
petista a favor do governo, programado para esta tarde. Segundo eles, o grupo
anti-Dilma voltaria à Paulista, no entanto, às 21 h desta sexta-feira para dar
sequência ao longo ato em que pedem o fim da corrupção e o impeachment da
presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, o governador Geraldo Alckmin
(PSDB) não permitiu que grupos pró-Dilma se manifestassem na Paulista no dia 13
de março, quando grupos que iam defender o impeachment da petista foram às ruas.
O argumento usado era de que a manifestação pró-impeachment foi marcada antes e
era preciso todo cuidado para evitar o confronto entre grupos antagônicos.
A Constituição Federal garante o direito de reuniões pacíficas,
sem armas, em locais abertos ao público, (art. 5°, XVI) independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
mesmo local. Em nota divulgada nesta quinta-feira, a Secretaria de Segurança
Pública de São Paulo informou que "reconhece o direito à livre manifestação" e
que planejou "o mesmo esquema de segurança realizado para as manifestações do
último domingo", quando mais 1,4 milhão de pessoas se reuniram na avenida. A SSP
disse ainda que, embora as entidades esperem apenas entre 100.000 e 200.000
pessoas nesta sexta, "o efetivo policial será o mesmo da manifestação do dia
13".
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