A janela de filiação partidária aberta no mês de março e a
possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) impulsionaram o
movimento de debandada de prefeitos petistas para outros partidos políticos. A
seis meses das eleições municipais, levantamento feito pela Folha no sistema de
filiação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aponta que, de cada cinco
prefeitos do PT eleitos em 2012, um deixou o partido. Os dados mostram filiações
e desligamentos concluídos até 15 de abril.
Ao todo, 135 dos 638 prefeitos eleitos pelo PT pediram
desfiliação ou foram expulsos do partido. Essa conta inclui gestores que
renunciaram ou foram cassados. O maior desgaste da legenda está concentrado em
São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, governados pelo PSDB e pelo PMDB, mas o
movimento também atingiu Estados comandados por petistas, como a Bahia e Minas
Gerais. Em São Paulo, 35 dos 73 prefeitos eleitos migraram. No Paraná, foram 18
baixas entre 40 gestores. No Rio de Janeiro, mantiveram-se fiéis ao PT só quatro
dos 11 prefeitos eleitos há quatro anos.
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