
Tribuna do Norte
O delegado aposentado, Maurílio Pinto de Medeiros, desmente os
boatos de que foi convidado para assumir a pasta da Segurança Pública e Defesa
Social do RN. Segundo o ‘Xerife’, várias pessoas, inclusive do Interior do
Estado, chegaram a entrar em contato com ele, para confirmar o suposto convite
de Robinson Faria. Para Maurílio, o governador vem investindo na segurança
pública. Contudo, ele reconhece o aumento da criminalidade, diante de vários
fatores sociais, além do déficit no efetivo policial. A fragilidade da
penitenciária de Alcaçuz também é criticada pelo ex-sub secretário de Segurança
Pública.
Aos 74 anos, Maurílio ainda sofre das sequelas do AVC que teve
em 1999. Ele nunca chegou a ocupar a titularidade na pasta da Defesa Social do
RN. Contudo, com a vasta experiência que possui no segmento da segurança, o
‘Xerife’ acredita que a criminalidade acentuada no RN e no País é um viés da
própria legislação. “É preciso mudar as leis. Endurecê-las para que não haja
tanta facilidade do criminoso escapar da punição. Nosso código penal está
caduco. E isso tem que ser reformulado urgentemente”, observou.

Diante do anúncio de saída da delegada kalina Leite, da Sesed,
Maurílio frisa que o governador deve convocar alguém com experiência na área em
questão, mas que, preferencialmente, não tenha laços políticos. O ‘xerife’ não
indicou nomes, nem mesmo da Polícia Civil. Porém, descartou como alternativa
para a titularidade da pasta, o capitão PM Inácio Brilhante (foto abaixo) –
destemido policial, que vem sendo bastante elogiado pelos colegas de farda,
diante da sua bravura e sucesso nas incursões pelo Interior do Estado.
Para Maurílio, mesmo sabendo que Robinson Faria precisa jogar
mais duro contra a bandidagem, o estilo do capitão Brilhante não se adequaria à
função burocrática do secretariado de governo. “Ele (Brilhante) vem fazendo um
bom trabalho nas cidades onde atua. Sem dúvida, é um policial muito preparado no
campo operacional. Porém, acredito que o governador deve procurar alguém com
experiência na inteligência policial e, claro, que tenha paciência, pois sabemos
que os recursos não são suficientes e que precisa melhorar muito mais. Na
verdade, a insegurança está demais, não só no RN, mas em todo o Brasil”.
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