Cedida
O juiz das execuções penais, Henrique Baltazar, resolveu entrar
na polêmica causada pelas declarações do capitão Styvenson Valentin, coordenador
das blitzens da Lei Seca no Rio Grande do Norte, que admitiu ter feito críticas
a setores da Polícia Civil, o que foi alvo de notas de repúdio de associações de
policiais civis e delegados.
Segundo Baltazar, em sua conta numa rede social, “para saber se
o capitão mentiu precisamos de dados. Exemplo: Qual o percentual de absolvições
criminais por falta de provas? Qual a quantidade e percentual de inquérito
devolvidos pelo Ministério Público à Polícia Civil com requisição de
diligências?”, indagou.
Ainda segundo Baltazar, “sem esses dados, qualquer
posicionamento se dará por medo da repercussão, por espírito de corpo, por
gentileza ou por conhecimento específico funcional”. A polêmica surgiu após a
propagação de um áudio no qual Syvenson caracteriza os policiais civis e
majoritariamente os delegados civis como pessoas que são bem remunerados e
trabalham pouco. Após a repercussão, o capitão PM emitiu uma nota através da sua
página no Facebook onde relata que a voz do áudio que circula pelas redes
sociais pertence a ele, pede desculpas pela generalização, mas reforça seu
posicionamento.
Confira a nota na íntegra:
“Sim, a voz em um áudio vazado e “recortado” que
circula em grupos de WhtasApp é a minha. O áudio é uma conversa com uma cidadã
indignada, após a mesma postar uma mensagem na minha página pessoal no Facebook.
Admito toda minha intempestividade ao generalizar a minha insatisfação a todos
os policiais civis, mais específico aos delegados civis.
Reconheço a minha explosão emotiva por buscar um
serviço público melhor, e por isso, aos policiais civis que de fato trabalham e
honram o cargo, minhas sinceras desculpas por ter colocado os senhores nos rol
dos funcionários públicos preguiçosos, dos parasitas, e que todos sabem que
existem. Aos delegados que me acompanharam durante inúmeras operações da Lei
Seca, queria lembrar nome de todos, mas infelizmente só me recordo, no momento,
dos competentes delegados Daniel e Montanha, seus agentes e escrivães. Aos
outros profissionais delegados e agentes, que sempre nos atenderam, não por
amizade, nem por aliança corporativista, mas sim pelo profissionalismo em
cumprir sua função de maneira exemplar, o meu respeitoso perdão. Generalizar foi
meu grande erro.
Também peço desculpas a todos pela forma grosseira de
como me referi ao meu País. Mas, não retiro uma vírgula sequer sobre o que falei
sobre alguns funcionários públicos, que recebem, alguns muito bem, e nada fazem
pelo cidadão, muito pelo contrário, apenas apontam o dedo para quem tenta
trabalhar por um país melhor.
Atenciosamente,
Capitão PM Styvenson Valentim.”
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