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segunda-feira, 2 de maio de 2016

MST PROTESTA NA GOVERNADORIA E MEMBROS COBRAM REUNIÃO COM ROBINSON

Manifestantes querem reunião com o governador para discutir planos de ação para a pauta da categoria sobre a reforma agrária. Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) saíram em caminhada na manhã de hoje (2) da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), localizada no bairro de Petrópolis até a Governadoria do Estado, localizada no Centro Administrativo, no bairro de Lagoa Nova.

Segundo os manifestantes, o grupo quer se reunir com o governador Robinson Faria (PSD) para discutir a pauta da categoria sobre a reforma agrária. Além de exigir medidas em prol da reforma, o movimento também defende a continuidade do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). “Nós defendemos a democracia, e não o governo. Nós acreditamos que a presidente não cometeu nenhum crime e por isso deveria cumprir seu mandato até o fim”, ressaltou Rosa Maria, manifestante escolhida pelo grupo para falar sobre o protesto.
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Questionada sobre os transtornos que as manifestações causaram no trânsito, Rosa Maria minimizou a situação. “Nós sabemos que atrapalha um pouco, mas muito pior está a nossa situação. Estamos sem acesso às terras e vivendo debaixo de barracos”, comentou. Enquanto o grupo se deslocava para o Centro Administrativo, na manhã de hoje (2), os manifestantes acabaram interrompendo totalmente o trânsito na avenida Senador Salgado Filho.

Apesar disso, a manifestante revelou que a intenção do movimento não era de bloquear o fluxo de veículos. “Não houve intenção de paralisar o fluxo. O que aconteceu foi uma intervenção que fizemos relacionada ao massacre de Eldorado dos Carajás”, afirmou Rosa Maria. Ainda sobre a manifestação e a vontade do grupo de se reunir com o governador, a manifestante revelou que todos os membros do movimento irão ficar acampados em frente à Governadoria até o encontro. “Nós ficaremos aqui até sermos recebidos pelo governador, pode custar o tempo que for, mas só iremos sair quando formos atendidos”, afirmou.
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A Polícia Militar foi encarregada de tirar os manifestantes da via, e, além de utilizar bombas de gás lacrimogêneo, chegaram a atirar contra os manifestantes. Após serem atingidos pelos disparos, dezenove camponeses acabaram morrendo no confronto.

Dos 155 policiais que participaram da ação, Mário Pantoja e José Maria de Oliveira, comandantes da operação, foram condenados a penas que superaram os 150 anos de prisão. José Maria de Oliveira permanece custodiado no Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves, enquanto Mário Colares Pantoja está em recolhimento domiciliar para tratamento de saúde. Os demais policiais militares que foram a julgamento foram absolvidos dos crimes.
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Os integrantes do Movimento Sem Terra que realizavam protesto em frente a Governadoria se dispersaram da frente do local após um policial realizar um disparo para o alto. A atitude do policial foi tomada depois que os manifestantes tentaram furar a barreira feita pelos PMs para evitar uma possível invasão.

Mesmo com a ocorrência, os manifestantes apenas saíram da frente da Governadoria, mas começaram a montar suas barracas nas dependências do complexo e prometem ficar no local por alguns dias. A reportagem do portal Agora RN esteve nas imediações e registrou algumas barracas já montadas.

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