
Passarinho em uma das recentes aparições públicas, durante lançamento de livro na biblioteca do Senado (Foto: Adriano Machado)
O ex-ministro, ex-senador e ex-governador do Pará Jarbas
Passarinho morreu na manhã deste domingo (5) aos 96 anos, em Brasília, em
decorrência de problemas de saúde devido à idade avançada, segundo nota
divulgada pelo governo do Pará. O governo estadual decretou luto oficial de três
dias. O velório será a partir das 13h na Paraóquia Militar do Oratório do
Soldado, na capital federal, cidade onde morava havia muitos anos. O enterro
está marcado para as 16h no Campo da Esperança, também em Brasília.
Nascido em Xapuri, no Acre, em 1920, Jarbas Passarinho iniciou
sua trajetória política no Pará. Foi oficial do Exército e, na ditadura militar,
assumiu em 1964 o governo do Pará, indicado pelo presidente Castelo Branco. Em
1966 deixou o governo do Pará e foi eleito senador pelo estado pelo partido
Aliança Renovadora Nacional (Arena). Durante o mandato, foi convidado por Costa
e Silva para assumir, em 1967, o Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Nesse mesmo ano, passou para a reserva com a patente de coronel. Como ministro,
participou da reunião que decretou o Ato Intitucional nº 5, conhecido como AI-5,
no dia 13 de dezembro de 1968, e que deu amplos poderes para o regime militar.
Na ocasião, Jarbas Passarinho proferiu uma frase que ficou marcada na história
brasileira. “Às favas, senhor presidente, neste momento, todos, todos os
escrúpulos de consciência”, disse ao justificar por que estava votando a favor
do AI-5.
Em 30 de outubro de 1969, em virtude do agravamento do estado
de saúde de Costa e Silva, tomou posse na Presidência da República o general
Emílio Garrastazu Médici, que convidou Jarbas Passarinho para o Ministério da
Educação. Ainda durante o regime militar, Jarbas Passarinho voltou ao Senado em
1974, Casa em que foi eleito presidente em 1981. O político foi ainda ministro
da Previdência do governo de João Figueiredo, em 1983. Em 1986, foi eleito como
senador para a Assembléia Nacional Constituinte, pelo PDS do Pará. Após a
redemocratização do país, foi Ministro da Justiça do governo Fernando Collor, de
outubro de 1990 a abril de 1992, quando retornou ao Senado. Jarbas Passarinho
foi casado com Ruth de Castro Gonçalves Passarinho, com quem teve cinco filhos.
Repercussão política
Pelo Twitter, o presidente da República em exercício, Michel Temer, lamentou a morte de Jarbas Passarinho. "Quero expressar meus sentidos pêsames pela perda desse grande brasileiro, Jarbas Passarinho", escreveu em sua conta. Também pelo Twitter, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que a morte de Passarinho representa uma "grande perda". "Morre Jarbas Passarinho, brilhante homen público deste país.
Pelo Twitter, o presidente da República em exercício, Michel Temer, lamentou a morte de Jarbas Passarinho. "Quero expressar meus sentidos pêsames pela perda desse grande brasileiro, Jarbas Passarinho", escreveu em sua conta. Também pelo Twitter, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que a morte de Passarinho representa uma "grande perda". "Morre Jarbas Passarinho, brilhante homen público deste país.
Independentemente de concordarmos ou não com suas posições, é uma
grande perda", afirmou. O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes,
divulgou uma nota à imprensa em que destacou a "contribuição relevante" dele ao
Brasil. "Ao mesmo tempo em que manifesta pesar em razão do falecimento do
ex-ministro da Justiça, Jarbas Passarinho, o ministro da Justiça e Cidadania,
Alexandre de Moraes, assinala a contribuição relevante por ele prestada ao
país", diz a nota.
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