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terça-feira, 22 de novembro de 2016

AÇÃO CIVIL: MPF/RN QUER GARANTIR USO EXCLUSIVO DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO E ANIMAL

O Ministério Público Federal do RN (MPF/RN) em Caicó, região Seridó, ingressou nesta terça-feira (22) com ação civil pública contra a Agência Nacional de Águas (ANA), o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) e contra a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da PB (Aesa).  A ação tem por objetivo garantir que as três entidades sejam obrigadas judicialmente a fiscalizar o curso do rio Piancó-Piranhas-Açu, com prioridade, evitando desvios e irrigações clandestinas, anuncia informação da assessoria de imprensa da Procuradoria da República do RN, na capital do estado.
Foto de Dimas Da Mota.
Desde 2014, vigoram uma série de regras que restringem o uso da água apenas para consumo humano e animal. A irrigação encontra-se terminantemente proibida, inclusive por meio de resoluções conjuntas da ANA, Igarn e Aesa.  Além disso, o próprio MPF já emitiu duas recomendações, cujos objetos, entre outros, já apontavam para a necessidade de intensificação das medidas de fiscalização.  Entretanto, “apesar das recomendações e das resoluções emitidas, há numerosas evidências, colhidas desde 2014, de que a fiscalização empreendida pelos três réus não tem sido suficiente para coibir a prática de captação irregular de água ao longo da calha do rio”.
Foto de Dimas Da Mota.
Além da fiscalização efetiva, a ação do MPF pede que ANA, Igarn e Aesa apreendam qualquer equipamento utilizado para promover captações e desvios irregulares de água no corpo do Rio Piancó-Piranhas-Açu, desde a cidade de Coremas (PB) até Jardim de Piranhas (RN), trecho no qual vigora uma proibição de uso de água para fins diversos do consumo humano e animal. As três entidades devem apresentar ao MPF e à Justiça Federal relatórios quinzenais sobre as atividades desempenhadas, os trechos cobertos, as irregularidades apontadas e as providências adotadas.  O MPF pede aplicação de multa diária de R$ 5 mil por descumprimento. A ação tramita junto à 9ª Vara da Justiça Federal sob o número 0800809-33.2016.4.05.8402.

Fotos: Dimas Mota

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