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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

ECONOMIA: GOVERNO FEDERAL ANUNCIA REBAIXAMENTO DO PIB EM 2017 PARA 1%

1 Estadão/Estimativa anterior previa expansão de 1,6% da atividade econômica - Por: Eduardo Rodrigues, Idiana Tomazelli e Lorenna Rodrigues - O Estado de S.Paulo
O novo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, anunciou nesta segunda-feira, 21, que a previsão da equipe econômica para o crescimento da economia brasileira em 2017 foi rebaixada de 1,6% para 1%. Segundo Kanczuk, a alta dos spreads bancários – a margem dos bancos nos empréstimos – para pessoas jurídicas levou a equipe econômica a revisar para baixo a projeção. Até então sem revelar o novo número, ele disse que a atualização na estimativa era pequena. O anúncio acontece no mesmo dia da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, onde os empresários mostraram pessimismo com a recuperação da economia no ano que vem. Essa é a terceira estimativa de crescimento para 2017 divulgada pela equipe econômica do governo Michel Temer, que assumiu em maio. Quando apresentou a nova versão do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a projeção foi fixada em 1,2%. 

Em meados de agosto, às vésperas do envio do Orçamento ao Congresso, a equipe econômica anunciou a elevação dessa projeção para 1,6%, com o argumento de que o próprio mercado estava melhorando suas avaliações. “Os spreads no crédito às empresas estão subindo. O crédito está mais caro, e esse é um indicador do risco que o setor bancário percebe nas empresas”, afirmou Kanczuk. “Crédito mais caro é um fenômeno natural de todos os processos recessivos. A lucratividade das empresas é ligada à atividade econômica e cai quando a economia cai. E como o lucro caiu, as empresas estão relativamente mais endividadas”, completou. Segundo Kanczuk, o endividamento das empresas está se tornando mais claro e puxando os spreads pra cima. De acordo com o secretário, a revisão foi marginal. “O efeito é pequeno e continuamos falando da recuperação da economia e da indústria. Vocês vão ver que estamos projetando o PIB um pouquinho menor”, acrescentou. “A confiança está voltando, mas esse retorno ficou pouco menor do que era previsto”, comentou.

Fim de 2016. Kanczuk detalhou que a projeção para o PIB do quarto trimestre deste ano é “aproximadamente zero”, enquanto o primeiro trimestre de 2017 deve apresentar um resultado positivo. Ele admitiu que os riscos econômicos persistem, citando a questão do crédito às empresas, mas ponderou que o balanço desses riscos está equilibrado, sem pender muito para baixo ou para cima. “Consideramos um balanço de riscos simétrico em torno de 1%. A economia tanto pode crescer menos como crescer mais que isso. Essa é a melhor projeção que podemos fazer nesse instante”, argumentou. “Uma redução (de previsão) de 1,6% para 1% é marginal, ainda é tremenda recuperação econômica”, completou. 

Fonte das informações do Estado de S. Paulo

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