
Em reunião na quinta-feira, 12, com representantes de entidades
de estados e municípios e representante dos trabalhadores em Educação, o
ministro Mendonça Filho destacou a antecipação de recursos do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais de Educação (FUNDEB) para o pagamento de profissionais da educação
e complementação do piso salarial para Estados e municípios que não conseguem
cumprir a legislação do piso salarial dos professores. “São nove
estados, preponderantes os mais pobres do Nordeste, que receberam R$ 1,250
bilhão dentro de uma política que é inovadora”, disse o ministro. E
explicou: “Como se sabe, o repasse desses recursos se dava até o quarto mês do
ano fiscal de competência dessa obrigação do governo federal”.
Segundo Mendonça Filho, pela primeira vez na história, desde a
criação desse instrumento, o governo repassou, dentro do ano de exercício
fiscal, os recursos que ajudaram os estados e municípios a cumprir a legislação
do piso. A partir de 2017, anunciou, o repasse será antecipado, mês a mês, aos
estados e municípios, para que possam cumprir a obrigação de honrar o piso
nacional dos professores. Segundo Mendonça Filho, chegou-se a uma maneira “mais
correta, transparente e justa para os estados e municípios”. Participaram da
reunião com o ministro os novos representantes do fórum permanente para
acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional
para os profissionais do magistério público da educação básica. Alessio Costa
Lima, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
(UNDIME), entidade que integra o fórum, elogiou a iniciativa do MEC. “Essa
decisão vem no momento certo porque a gente sabe das dificuldades financeiras
dos estados e municípios no sentindo de cumprir a legislação do piso.”
De acordo com ele, “é justo que esse recurso, que
normalmente só era feito no exercício seguinte, seja pago dentro do ano civil”.
“É uma forma de fazer com que os estados e municípios tenham condições
financeiras de honrar não apenas com o piso, mas com o pagamento de toda a sua
folha de pessoal”, disse. Além da UNDIME, o fórum é composto por representantes
da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Conselho Nacional
de Secretários da Educação (CONSED) e dirigentes do MEC.Uma reivindicação do
presidente do CONSED, Frederico Amâncio, também endossado pela Undime, é a
atualização da fórmula de cálculo do piso, para que possa acompanhar o aumento
de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). No reajuste do piso para
2017 foi considerado o crescimento do valor mínimo por aluno do FUNDEB de 2016
em relação a 2015, critério adotado desde 2009. “Defendemos há algum tempo que
esse mecanismo de atualização do piso precisa ser regulamentado em padrões
compatíveis com a realidade e crescimento dos próprios recursos do FUNDEB”,
explica Aléssio. Segundo ele, da forma como está gera um descompasso entre o
reajuste do piso e as receitas do FUNDEB”, acrescenta. Outra demanda do fórum é
rediscutir a questão dos planos de carreira vigentes nos estados e municípios.
“Precisamos de um piso que seja sustentável, que seja possível um gestor honrar
e pagar os professores e que permita a esses profissionais crescerem e evoluírem
em sua carreira.”
Assessoria de Comunicação Social
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