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segunda-feira, 19 de junho de 2017

ACUSADO DE PARTICIPAÇÃO NA MORTE DO RADIALISTA F.GOMES EM CAICÓ, EX-PASTOR VAI A JÚRI EM NATAL

Gilson Neudo Soares do Amaral, ex-pastor evangélico  (Foto: Rosivan Amaral)
Gilson Neudo Soares do Amaral, ex-pastor evangélico (Foto: Rosivan Amaral)
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte marcou para o dia 5 de julho, em Natal, o julgamento do ex-pastor evangélico Gilson Neudo Soares do Amaral, um dos acusados de planejar o assassinato do radialista Francisco Gomes de Medeiros, mais conhecido como 'F. Gomes'.

O crime aconteceu em 18 de outubro de 2010, em Caicó. O júri popular, antes marcado para ser realizado em Caicó, mudou de data e local após o juiz acatar pedido de desaforamentoA decisão de mudar o júri de Caicó para Natal ocorreu à unanimidade de votos e em concordância com parecer do Ministério Público. No pedido, a defesa do ex-pastor alegou, dentre outros pontos, que “há fundadas dúvidas sobre a imparcialidade do júri, diante do clamor popular e da repercussão social que teve o homicídio de F. Gomes”. Atualmente, Gilson Neudo está preso em Caicó. Não pela morte de F. Gomes, mas pela suspeita de tráfico de drogas.

Quarto adiamento
Gilson Neudo deveria ter sido julgado no dia 16 de março de 2016, mas o procedimento foi reagendado porque a defesa dele avisou que não poderia comparecer. Em abril, o júri foi novamente adiado no dia em que foi marcado porque o réu desconstituiu, em plenário, o advogado de defesa, Lucas Cavalcante de Lima. O fato obrigou o juiz Luiz Cândido Vilaça a decidir pelo adiamento. Agora, em razão do desaforamento, o júri que estava agendado para o dia 16 de novembro do ano passado foi remarcado para o próximo dia 5 de julho.
Radialista F. Gomes foi morto em 2010, em Caicó (Foto: Sidney Silva/Cedida)
O crime
Francisco Gomes de Medeiros, tinha 46 anos e trabalhava na rádio Caicó AM. Ele foi assassinado na noite de 18 de outubro de 2010, deixando mulher e três filhos. F. Gomes foi atingido por três tiros de revólver na calçada de casa, na rua Professor Viana, no bairro Paraíba, em Caicó. Vizinhos ainda o socorreram ao hospital da cidade, mas o radialista não resistiu aos ferimentos.

Consórcio
Segundo o Ministério Público, os acusados de participação na morte de F. Gomes fazem parte de um 'consórcio de pessoas' que se uniram com um propósito: eliminar o comunicador. Inicialmente foram denunciados o mototaxista João Francisco dos Santos, mais conhecido como 'Dão', o comerciante Lailson Lopes, o ex-pastor Gilson Neudo, o advogado Rivaldo Dantas de Farias, o tenente-coronel da PM Marcos Antônio de Jesus Moreira e o soldado da PM Evandro Medeiros.
João Francisco, o 'Dão', foi condenado pela morte do radialista F. Gomes, em Caicó (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)
O mototaxista Dão, o assassino confesso, admitiu ter puxado o gatilho. Como autor material do crime, ele foi condenado a 27 de prisão em regime fechado. A defesa dele não recorreu da decisão. O julgamento aconteceu no dia 6 de agosto de 2013. Ele cumpre pena no Presídio Federal de Mossoró, na região Oeste do estado. O comerciante Lailson Lopes, mais conhecido como 'Gordo da Rodoviária', deveria ir a julgamento no dia 21 de junho deste ano, mas a defesa dele também pediu desaforamento – fato já apreciado e aceito pela Justiça. Assim, o júri também vai ocorrer em Natal, mas em data ainda a ser confirmada. Lailson já sentou no banco dos réus pela morte do radialista, mas o júri acabou anulado. Foi no dia 12 de abril de 2014, quando o comerciante foi condenado a 14 anos de prisão. Contudo, o MP recorreu da sentença com o objetivo de que a pena fosse aumentada. 
Lailson Lopes, o 'Gordo da Rodoviária' (Foto: Willacy Dantas)
Os desembargadores então entenderam que, na verdade, deveria ocorrer outra sessão de júri, o que foi determinado. Assim, o júri acabou anulado. Atualmente, o ‘Gordo da Rodoviária’ aguarda o novo júri em liberdade. 
Advogado Rivaldo Dantas de Farias (Foto: Rosivan Amaral)
Já o advogado Rivaldo Dantas de Farias, também denunciado como mandante do crime, foi igualmente sentenciado a ir para o banco dos réus, mas aguarda em liberdade a Justiça definir uma data para o júri popular. Quanto ao tenente-coronel Moreira e o soldado Evandro, eles não foram pronunciados e, consequentemente, acabaram excluídos do processo. Ou seja, não são mais acusados de participação no crime.

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