
Prefeito de Caicó, Robson de Araújo (PSDB)/José Aldenir / AgoraRN
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O prefeito de Caicó, Robson de Araújo, mais
conhecido como “Batata”, está otimista com o futuro de seu partido, o PSDB.
Diante do crescimento que a sigla vem registrando no Rio Grande do Norte e no
resto do país, o Chefe do Executivo municipal disse acreditar que a legenda
deve se tornar protagonista em 2018, ano em que serão disputadas eleições para
grandes cargos da política, como o Senado e o Governo do Estado.
Para Batata, vários representantes potiguares do PSDB vêm demonstrando ter
força para concorrer nesses pleitos. “O
partido é um dos maiores do estado. Temos cinco deputados estaduais – sendo um
deles Ezequiel Ferreira, presidente da Assembleia Legislativa e do partido em
terras potiguares; um outro representante nosso é o grande deputado federal
Rogério Marinho, que faz o Brasil olhar para o Rio Grande do Norte. Ele mostrou
toda a sua competência como relator da reforma trabalhista. Além disso, temos
vários prefeitos, vices e vereadores. Por isso, estamos com uma expectativa de
um ano muito importante. Acredito que o PSDB deva ser protagonista em 2018. Há
um quadro de nomes fortes e competentes preparados para qualquer cargo, seja ao
Governo do Estado, Senado ou uma candidatura a vice. O PSDB está se unindo e
receberá novos filiados em breve. A sigla vai mostrar seu projeto político de
país e de estado, e vai às ruas para mostrar a importância do partido”,
declarou, em entrevista concedida ao Agora Jornal.
Apesar
de admitir que primeiramente é necessário ouvir a vontade do
povo, Batata já elenca alguns nomes do PSDB que, potencialmente,
podem representar bem o partido nas eleições. “Temos que ouvir as ruas antes de
tudo e saber qual é o sentimento da população. O PSDB está também ouvindo as
bases e o povo na cidade e na zona rural. O partido tem nomes como os de
Ezequiel, um grande parlamentar; Gustavo Carvalho; Marcia Maia; José Dias;
Raimundo Fernandes, e temos Rogério Marinho, um dos maiores deputados deste
país. Além deles, temos Tião Couto, que disputou a prefeitura de Mossoró e, por
muito pouco, não conseguiu vencer; ele fez história na cidade. Trata-se de um
empresário bem-sucedido que veio de baixo, ele sabe do sofrimento da população
e pode ser um grande nome também”, disse o prefeito.
“É importante manter parceria com o
Governo do Estado”
Com
apenas seis meses em sua primeira gestão como prefeito de
Caicó, Batata tem encontrado muitos desafios. Ele analisa que, apesar
do êxito que vem tendo, a ajuda do governador Robinson Faria (PSD) também tem
sido importante para a recuperação de Caicó. “Não
fui aliado de Robinson anteriormente, até porque estava trabalhando na campanha
de Henrique Alves (PMDB), em 2014, como locutor. Eu votei em Henrique, mas
sempre tive aproximação com o governador Robinson; ele sempre participava de
nossos programas de rádio quando era candidato. Mesmo depois da eleição,
mantivemos aproximação. Hoje estamos em parceria administrativa com o governo, que
vive um momento muito difícil. Há promessa que ações na área de Segurança,
Saúde e Infraestrutura em Caicó, por isso, é importante manter essa parceria
com o estado”.
A
parceria também se mostra importante neste começo de gestão especialmente em
virtude do estado em que Batata encontrou seu gabinete após
administração anterior. “Era um cenário de terra arrasada. Quem conhece o Rio
Grande do Norte, sabe da história de Caicó – a capital de uma região tão
importante como é a região do Seridó. Caicó já teve força muito grande na
economia e política do estado, só que nossa cidade estava abandonada; encontrei
a prefeitura com R$ 48 milhões em dívidas; a cidade, literalmente, dentro do
lixo (em 5 meses retiramos das ruas 900 caçambões de lixo); percebemos uma cidade
esburacada, suja e feia – o caicoense estava de cabeça baixa, mas, aos poucos,
estamos arrumando a casa e mostrando que é possível fazer mais”, garantiu o
prefeito.
De
acordo com Batata, foram encontrados vários convênios parados junto à
Caixa Econômica Federal; obras importantes de infraestrutura. A prefeitura,
segundo ele, licitou uma por uma e agora pretende transformar a cidade num
“grande canteiro de obras”. Obras de infraestrutura foram iniciadas, e Caicó
agora aguarda o Ministério das Cidades revelar quais cidades serão contempladas
com o projeto Minha Casa, Minha Vida faixa 1.5. A expetativa
de Batata é que Caicó receba quase 500 casas.
O
Chefe do Executivo celebrou, ainda, o sucesso do Carnaval em Caicó, eleito
terceiro maior do Brasil e melhor do estado potiguar. O São João também foi
recentemente lembrado pela cidade. Com recursos escassos e parcerias com os
sistemas Fecomércio, Sesi, Sebrae, dentre outros, foi possível realizar uma
festa barata, “mas que trouxesse a cultura de volta ao caicoense”.
Por
outro lado, Batata vem nadando contra a maré da crise para manter
Caicó funcionando, para tanto, precisa tomar atitudes necessárias. “Temos que
ter coragem para enfrentar os desafios; vamos observar um enxugamento da
máquina e fazer auditoria na folha de pagamento para verificar gratificações
que achamos desnecessárias. Estamos cortando gastos”, pontuou.
Por
fim, Batata comentou a situação no setor de Saúde em Caicó. O
prefeito admite que não encontrou um cenário favorável assim que assumiu o
cargo, mas que tem batalhado para surgir com recursos e ideias para virar a
mesa e garantir os cuidados e atendimentos necessários à população caicoense. “Encontramos
muitos postos fechados e abandonados; inauguramos alguns, recuperamos outros.
Assumimos o Hospital Municipal do Seridó e o Hospital Regional. Estamos
injetando recursos nos dois, porque, às vezes, o estado não tem repassado o que
deve. Temos ajudado com insumos e medicamentos, e vamos dar início à
recuperação de uma obra importantíssima parada há dois anos: uma Unidade de
Pronto-Atendimento (UPA). Aos poucos estamos criando alternativas para
atendimento à população”.
Caicó,
inclusive, representará o RN em um grande encontro do Sistema Único de Saúde
(SUS) em Brasília, com o projeto “Saúde na Feira”, onde, uma vez por mês, toda
a estrutura da Secretaria de Saúde vai à Feira Livre de Caicó, que fica em
frente ao açougue público. Lá, a secretaria atende cerca de mil pessoas com
vários tipos de exames e procedimentos, como médicos e dentistas. “O homem do
campo sabe que uma vez por mês tem atendimento na feira. Ele vem à cidade com a
família. O projeto tem se espalhado e é um exemplo”, concluiu Batata.
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