
Deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB)
O deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB)
considera que, mesmo com a prisão do ex-ministro Henrique Eduardo Alves, presidente
estadual do PMDB, “o partido tem que andar”. Na quinta-feira, 29, o deputado
federal Walter Alves assumiu interinamente o comando da legenda, para dar
continuidade às deliberações partidárias e planejar o futuro político. Segundo
Nélter, a troca no comando é “natural”. “Ele [Walter] é o vice-presidente.
Então vejo como natural devido ao que aconteceu. O partido tem que andar”,
avalia. Apesar
disso, segundo Nélter, é “complicado” projetar o futuro da sigla, sobretudo
quanto aos planos para as eleições de 2018. “Ninguém pode analisar nada antes
de chegar a regra do jogo. Não se sabe se vai continuar assim, se vai ter
quociente, tem muita coisa… Tem que aguardar”, observa, se referindo às
propostas de reforma política atualmente em tramitação no Congresso Nacional.
Quanto
à prisão preventiva de Henrique, que foi decretada no último dia 6 de junho
pela Justiça Federal, Nélter preferiu não analisar o caso por “não conhecer os
autos”. “Tem que aguardar, ele está fazendo a sua defesa. Precisamos ter cautela
com tudo o que está acontecendo”, diz. Entretanto, o deputado faz uma ligeira
crítica à atuação do Ministério Público Federal, autor da denúncia contra
Henrique. “O Ministério Público não pode fazer a denúncia já julgando.
Precisamos ter cautela”, assinala. O
parlamentar descreveu ainda um cenário crítico no campo político-econômico. Na
avaliação dele, não só o PMDB vive um período conturbado. “Qual é o partido que
não está fragilizado? Todos estão nessa situação. Estamos num momento de
desemprego muito grande. E o desemprego leva a ampliar o desespero das pessoas,
e elas acabam partindo para a marginalidade. A situação é muito complicado”,
analisa.
Em
relação à instabilidade política envolvendo a gestão do presidente Michel
Temer, que foi acusado por corrupção pela Procuradoria Geral da República,
Nélter interpreta que “não há mais clima” para que o correligionário permaneça
no cargo e defende renúncia. “O
presidente não tem mais moral nem credibilidade. Eu tenho uma posição de que
ele deveria ter renunciado enquanto era vice-presidente. Disse a isso a Eliseu
Padilha. E eu acho que o povo deve fazer o seu movimento democrático sem
agressão, pelas redes sociais, e deve haver eleições diretas. Não há mais
clima”, argumenta.
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