
O número de mortos em
mesquita na Península do Sinai, no Egito, subiu para 305 - entre eles 27
crianças - no balanço divulgado neste sábado (25) pela agência Mena, citada
pela Reuters. Outras 128 pessoas ficaram feridas depois que homens provocaram
explosões e abriram fogo contra os fiéis da mesquita Al-Rawda que faziam as
tradicionais orações de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos. A região é constantemente
atacada pelo Estado Islâmico (EI), mas, até o momento, nenhum grupo reivindicou
a ação. O governo egípcio trata o ataque como terrorista. De acordo com o
Ministério Público egípcio, um dos homens armados que participou da ação levava
uma bandeira do grupo extremista.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/q/C/pU9TduTImQQIdynAjLLg/parentes-1.jpg)
Parentes das vítimas de ataque contra a mesquita de Al Rawada aguardam informações fora do hospital da Universidade do Canal de Suez neste sábado (25) (Foto: Mohamed El-Shahed / AFP)
A Força Aérea do Egito
lançou ataques aéreos sobre "posições
terroristas" e veículos envolvidos no ataque contra a
mesquita, ocorrido na sexta-feira (24). Após o atentado, o presidente
egípcio, Abdel Fattah al Sisi, prometeu uma "resposta brutal" aos
agressores em um pronunciamento na TV. "As Forças Armadas e a polícia
vingarão nossos mártires e nos devolverão a segurança e a estabilidade com
força em muito pouco tempo", disse declarou. Fontes da emissora Arabiya,
citadas pela Reuters, disseram que alguns dos fiéis que frequentavam a mesquita
eram adeptos do sufismo, vertente considerada pelo grupo extremista como
apóstata, por fazer reverência a santos e santuários.
Ataque
Quatro agressores chegaram de
carro à mesquita fica na cidade de Bir al-Abed, a cerca de 40 km a oeste de
Arish, a principal cidade do norte do Sinai. A CNN afirma que os
terroristas provocaram ao menos duas explosões e, posteriormente, começaram a disparar.
"Eles estavam atirando nas pessoas enquanto elas saíam da mesquita. Eles
também atiravam nas ambulâncias", disse à Reuters um homem cujos parentes
estavam no local.
Estado Islâmico
As forças de segurança do
Egito estão lutando contra o EI no norte do Sinai, onde extremistas já mataram
centenas de policiais e soldados desde que se intensificaram os confrontos nos
últimos três anos. Em abril deste ano, o EI provocou explosões em duas igrejas
cristãs coptas, deixando 44 mortos e mais de 100 feridos. O primeiro
alvo foi um templo em Tanta, a quinta maior cidade do país, seguido de um
ataque em Alexandria, a segunda mais populosa cidade egípcia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário