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O Açude Mendubim, um dos 10 maiores reservatórios do
Rio Grande do Norte, está transbordando. A ‘sangria’ – nome que o sertanejo dá
quando as águas sobrepassam as paredes de contenção – começou ainda na tarde
desta quarta-feira (2), por volta das 15h. A barragem fica na cidade de Assu,
na região Oeste do estado. O vídeo acima mostra o açude em dois
momentos: em 2016, com apenas 7% de sua capacidade, e agora pela manhã, com
100%.
Segundo o Instituto de Gestão das Águas do Rio
Grande do Norte (Igarn), o Mendubim tem capacidade para 76,3 milhões de metros
cúbicos. Apesar de não ter captação para abastecimento por sistemas de
adutoras, é uma importante reserva técnica. Suas águas deságuam no Rio Açu, e
também são fundamentais para as comunidades do entorno e suas produções.
100% cheios
Além do Mendubim, outros sete reservatórios do
estado também estão com o nível máximo de armazenamento.
São eles: Apanha
Peixe e Santo Antônio (em Caraúbas), Encanto (Encanto), Brejo (Olho
D'Água do Borges), Riacho da Cruz II (Riacho da Cruz), Beldroega (Paraú)
e Pataxó (Ipanguaçu).
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Abril chuvoso
O sertanejo tem mesmo o que celebrar. Segundo a
Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), o mês de abril foi o mais chuvoso dos últimos 7 anos
no estado. A média foi de 208 milímetros, 45,5% acima da média
histórica para o mês, que é de 143 mm.
Seca histórica
Os últimos seis anos foram castigantes no interior
do Rio Grande do Norte. Com chuvas abaixo da média, o estado enfrentou a seca
mais severa de todos os tempos. As chuvas que caíram no início do ano ainda não
foram suficientes para reabastecer os grandes reservatórios, e os efeitos ainda
são preocupantes.
Dos 167 municípios potiguares, 153 estão em situação de emergência por causa da
escassez de água – o que representa 92% do estado. Além
disso, 12 cidades ainda estão em colapso (Luís
Gomes, Tenente Ananias, João Dias, São Miguel, Pilões, Rafael Fernandes,
Paraná, Marcelino Vieira, Almino Afonso, José da Penha, Messias Targino e Patu)
e outras 84 possuem sistemas de rodízio para garantir água encanada. Ao longo destes anos, o governo estima que os
prejuízos já passaram dos R$ 4 bilhões por causa da redução do rebanho e do
plantio.
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