Três dias
após ser deflagrada a Operação Tubérculo, o Ministério Público do Rio Grande do
Norte (MPRN) ofereceu denúncia à Justiça potiguar contra dez investigados nesta
sexta-feira (17). Além do prefeito de Caicó Robson Batata, do vereador Raimundo
Inácio Filho e do lobista Edvaldo Pessoa de Farias, foram denunciadas mais sete
pessoas. O documento é assinado pelo procurador-geral de Justiça, Eudo
Rodrigues Leite.
O prefeito
de Caicó foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva (duas vezes),
dispensa indevida de licitação, corrupção ativa (duas vezes) e associação
criminosa. Já o vereador Raimundo Inácio Filho, por corrupção ativa (duas
vezes), e o lobista Edvaldo Pessoa de Farias por corrupção passiva, tráfico de
influência e associação criminosa.
Além dos
três, foram denunciados Allan Emannuel Ferreira da Rocha (corrupção ativa,
dispensa indevida de licitação e associação criminosa), Felipe Gonçalves de
Castro, Maurício Ricardo de Moraes Guerra, Alberto Cardoso Correia do Rêgo Filho
(corrupção ativa, lavagem de dinheiro, dispensa indevida de licitação e
associação criminosa), João Paulo Melo Alves da Silva (corrupção ativa),
Antônio Felipe Pinheiro de Oliveira (lavagem de dinheiro) e Abdon Augusto
Maynard Júnior (corrupção passiva, lavagem de dinheiro, dispensa indevida de
licitação e associação criminosa). O MPRN ainda tem diligências em andamento, o
que pode inclusive resultar em novas ações penais no futuro.
A
operação Tubérculo foi
deflagrada na terça-feira (14) e cumpriu três mandados de prisão e outros seis
mandados de busca e apreensão em Caicó e Natal. Além de presos preventivamente,
o prefeito e o vereador Raimundo Inácio Filho foram afastados dos cargos. O
lobista cumpre prisão temporária.
A operação
Tubérculo é um desdobramento das operações Cidade
Luz, deflagrada em julho de 2017 e que desvendou um esquema criminoso
instalado na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal através da
constituição de cartel entre empresas pernambucanas que prestavam serviços de
iluminação pública na cidade; e Blackout,
realizada em agosto do mesmo ano e que apurou superfaturamento e pagamento de
propina para manutenção do contrato de iluminação pública em Caicó.
Fonte: MPRN
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