Um muro de concreto foi erguido dividindo o complexo penal ao meio. De um lado, a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, com os pavilhões 1, 2 e 3. Do outro, o Presídio Rogério Coutinho Madruga, com os pavilhões 4 e 5 (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Pelo menos quatro presos foram encontrados
mortos, na manhã deste domingo (19), dentro do Presídio Estadual Rogério
Coutinho Madruga, conhecido como pavilhão 5 de Alcaçuz, na região metropolitana
de Natal. Os corpos foram achados com sinais de enforcamento.
De acordo com agentes penitenciários, os
quatro homens eram ligados ao PCC e haviam deixado a facção criminosa para se
filiar ao Sindicato do Crime - facção rival. Esse pode ser um dos motivos das
mortes. As circunstâncias das mortes e a identificação
dos mortos não foram divulgadas ainda pela Secretaria de Justiça e Cidadania,
que também não confirmou o caso oficialmente, ainda.
A
Penitenciária Estadual de Alcaçuz foi palco de um massacre em janeiro de 2017 que
deixou 26 mortos. Foram 14 dias seguidos de rebelião que deixou a unidade
prisional praticamente destruída.
Segundo relatórios do meio
Após a retomada do controle, o governo do
estado dividiu a penitenciária ao meio. Um muro de concreto foi erguido
separando as facções rivais. De um lado, ficaram os pavilhões 1, 2 e 3, com os
presos do 'Sindicato'. Do outro, o pavilhão 4 e o Presídio Rogério Coutinho
Madruga, conhecido como pavilhão 5, com os do PCC. Só então deu-se início à
obra de reforma da penitenciária. Atualmente os presos ocupam os pavilhões 1, 2
e 3 da Penitenciária de Alcaçuz, e o Rogério Coutinho Madruga. Juntas, as duas
unidades abrigam mais de 2.600 presos. Palco da matança, o Pavilhão 4 é o único
que não foi reformado e permanece desativado.
Reforma
O governo do estado anunciou neste mês de
agosto uma reforma
de R$ 18 milhões no complexo prisional, com a construção de mais dois
pavilhões e geração de mais 416 vagas. Uma empresa foi contratada com dispensa
de licitação, para realizar a obra. O Rio Grande do Norte se encontra em estado
de calamidade
no sistema prisional. A decisão de ampliar a Penitenciária de
Alcaçuz veio após o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) reprovar o
projeto de construção de uma cadeia pública em Afonso Bezerra por
"inviabilidade técnica".
Todos os corpos foram encontrados com sinais de enforcamento. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) identificou os mortos como sendo de Iuri Yorran Dantas Azevedo (24), Rodrigo Alexandre Farias Araujo (26), Thiago Nunes Oliveira Silva (24) e Ytalo Nunes de Sousa (25).
Todos os corpos foram encontrados com sinais de enforcamento. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) identificou os mortos como sendo de Iuri Yorran Dantas Azevedo (24), Rodrigo Alexandre Farias Araujo (26), Thiago Nunes Oliveira Silva (24) e Ytalo Nunes de Sousa (25).
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