
Do
Estadão Conteúdo
O
Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para fixar prazo de cinco anos
para que sejam abertas ações para cobrar ressarcimento dos cofres públicos por
desvios praticados em ato de improbidade administrativa. O julgamento nesta
quinta-feira, 2, foi suspenso com a formação de seis votos a dois pelo
cumprimento do prazo, que vale a partir do descobrimento do fato. O caso deve
voltar à pauta do STF na próxima semana.
Até
o momento, cinco ministros acompanharam a tese trazida pelo relator do caso,
ministro Alexandre de Moraes. A Corte discute o assunto dentro de um recurso do
Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra decisão do Tribunal de Justiça
do Estado (TJ-SP) que reconheceu a prescrição em um processo de improbidade de
ex-servidores públicos municipais.
O
resultado final do julgamento deverá afetar 999 casos que estão suspensos nas
instâncias inferiores da justiça aguardando a palavra do STF, observou a
presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, no início da sessão desta quinta. Para
Moraes, a Constituição Federal prevê que são exceções os casos em que não é
possível aplicar a prescrição, e que isso não se aplica em atos de improbidade.
“A Constituição Federal adotou como regra a prescritibilidade”, ressaltou o
ministro.
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