
Após quase 18 horas de julgamento, o ex-servidor do
Ministério Público do RN, Guilherme Wanderley Lopes da Silva, foi condenado por
três tentativas de homicídio qualificado contra promotores de Justiça, em março
do ano passado. Mas por ser considerado semi-imputável – tese da defesa
compartilhada pelos promotores do MP encarregados da acusação -, o réu
responderá em regime semi-aberto. Em sua sentença, o juiz Geomar Brito Medeiros diz
“por dever de coerência revogo a prisão preventiva lançada em desfavor do
acusado (…) e, de consequência, concedo ao mesmo o direito de aguardar em
liberdade o trânsito em julgado da sentença”. Apesar da decisão que, de certa forma, favoreceu a
seu cliente, o advogado Jonas Antunes, comentou que foi “feita parcialmente
justiça” e reforçou que foi “reconhecida a semi incapacidade do Guilherme”. A declaração dele se baseou no fato que os próprios
promotores de Justiça responsáveis pela acusação do réu aderiram à tese de
semi-imputabilidade de Guilherme. Um deles, inclusive, alegou que esta posição
retiraria do Ministério Público a presunção de corporativismo no trato com seus
integrantes, embora o réu também fizesse parte da instituição como servidor.
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Quem acompanhou o depoimento das três vítimas e das
testemunhas não poderia prever o desfecho do julgamento. O promotor Jovino
Pereira Sobrinho, que depôs durante apenas 12 minutos, disse ao juiz que pediu
para “não morrer” e foi atingido por dois tiros à queima roupa. À pedido da
magistrado, ele se pôs de pé e levantou a camisa para mostrar as cicatrizes e
disse que até hoje tanto ele quanto esposa e filhos sofrem psicologicamente com
o ocorrido. As testemunhas oculares do fato disseram em juízo
que Guilherme transpirava muito e usou várias vezes o nome do corregedor geral
do Ministério Público, Anísio Marinho, para ter acesso à sala onde o então
procurador-geral de Justiça Rinaldo Reis, se reunia com um grupo de promotores.
Dentre eles, os que foram atingidos pelos tiros.
O então procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis; o
procurador-geral adjunto Jovino Pereira Sobrinho; e o promotor Wendell
Beethoven Ribeiro Agra foram as vítimas. Dos três, Guilherme atingiu Jovino e Wendell, que
foram hospitalizados, se submeteram a procedimentos médicos e se recuperaram
dos tiros que os atingiram. O então procurador geral. Rinaldo Reis, foi o
primeiro visado pelos tiros, mas escapou por pouco. Já o promotor de Justiça Augusto Azevedo afirmou que
vai “questionar a pena” que foi determinada ao final do julgamento.
Memória
Em março de 2017, o servidor público Guilherme
Wanderley Lopes da Silva atentou contra três promotores de Justiça dentro da
sede da Procuradoria-Geral de Justiça. O então procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis; o
procurador-geral adjunto Jovino Pereira Sobrinho; e o promotor Wendell
Beethoven Ribeiro Agra foram as vítimas.Dos três, Guilherme atingiu Jovino e
Wendell, que foram hospitalizados, se submeteram a procedimentos médicos e se
recuperaram dos tiros que os atingiram.
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