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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

EX-SERVIDOR DO MPRN É CONDENADO A SETE ANOS DE PRISÃO; PENA SERÁ NO SEMIABERTO


Após quase 18 horas de julgamento, o ex-servidor do Ministério Público do RN, Guilherme Wanderley Lopes da Silva, foi condenado por três tentativas de homicídio qualificado contra promotores de Justiça, em março do ano passado. Mas por ser considerado semi-imputável – tese da defesa compartilhada pelos promotores do MP encarregados da acusação -, o réu responderá em regime semi-aberto. Em sua sentença, o juiz Geomar Brito Medeiros diz “por dever de coerência revogo a prisão preventiva lançada em desfavor do acusado (…) e, de consequência, concedo ao mesmo o direito de aguardar em liberdade o trânsito em julgado da sentença”. Apesar da decisão que, de certa forma, favoreceu a seu cliente, o advogado Jonas Antunes, comentou que foi “feita parcialmente justiça” e reforçou que foi “reconhecida a semi incapacidade do Guilherme”. A declaração dele se baseou no fato que os próprios promotores de Justiça responsáveis pela acusação do réu aderiram à tese de semi-imputabilidade de Guilherme. Um deles, inclusive, alegou que esta posição retiraria do Ministério Público a presunção de corporativismo no trato com seus integrantes, embora o réu também fizesse parte da instituição como servidor.
Guilherme Wanderley, no banco dos réus  — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
Quem acompanhou o depoimento das três vítimas e das testemunhas não poderia prever o desfecho do julgamento. O promotor Jovino Pereira Sobrinho, que depôs durante apenas 12 minutos, disse ao juiz que pediu para “não morrer” e foi atingido por dois tiros à queima roupa. À pedido da magistrado, ele se pôs de pé e levantou a camisa para mostrar as cicatrizes e disse que até hoje tanto ele quanto esposa e filhos sofrem psicologicamente com o ocorrido. As testemunhas oculares do fato disseram em juízo que Guilherme transpirava muito e usou várias vezes o nome do corregedor geral do Ministério Público, Anísio Marinho, para ter acesso à sala onde o então procurador-geral de Justiça Rinaldo Reis, se reunia com um grupo de promotores. Dentre eles, os que foram atingidos pelos tiros. 

O então procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis; o procurador-geral adjunto Jovino Pereira Sobrinho; e o promotor Wendell Beethoven Ribeiro Agra foram as vítimas. Dos três, Guilherme atingiu Jovino e Wendell, que foram hospitalizados, se submeteram a procedimentos médicos e se recuperaram dos tiros que os atingiram. O então procurador geral. Rinaldo Reis, foi o primeiro visado pelos tiros, mas escapou por pouco. Já o promotor de Justiça Augusto Azevedo afirmou que vai “questionar a pena” que foi determinada ao final do julgamento.

Memória
Em março de 2017, o servidor público Guilherme Wanderley Lopes da Silva atentou contra três promotores de Justiça dentro da sede da Procuradoria-Geral de Justiça. O então procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis; o procurador-geral adjunto Jovino Pereira Sobrinho; e o promotor Wendell Beethoven Ribeiro Agra foram as vítimas.Dos três, Guilherme atingiu Jovino e Wendell, que foram hospitalizados, se submeteram a procedimentos médicos e se recuperaram dos tiros que os atingiram.

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