
O
plenário da Assembleia Legislativa aprovou as duas propostas encaminhadas pelo
Governo do Estado com o objetivo de diminuir a dívida com aposentados e
pensionistas. As medidas propostas vão utilizar os recursos obtidos através da
antecipação dos royalties do petróleo durante a atual gestão, para pagar,
exclusivamente, os débitos referentes às folhas de 2017 e 2018 dos servidores
inativos e pensionistas. “Quero parabenizar a todos os deputados que tiveram a
consciência de somar esforço com o Poder Executivo e buscar minimizar as
dívidas que o Governo tem com os servidores. Com estes projetos aprovados vamos
possibilitar que seja quitada a dívida com aposentados e pensionistas”,
salientou Ezequiel Ferreira, deputado e presidente da Assembleia Legislativa ao
final da sessão.
A primeira medida, aprovada à unanimidade dos presentes,
amplia a autorização concedida ao Poder Executivo para realizar, durante o
exercício financeiro de 2019, operações de antecipação de receita orçamentária,
de 2% para até o limite de 6% (seis por cento) sobre a receita corrente
líquida. Esta medida precisava ser aprovada para lastrear a antecipação dos
royalties até 2022, escopo da segunda proposta encaminhada pelo Executivo. Também aprovada à unanimidade dos deputados presentes, a
segunda medida trata da antecipação de receitas dos royalties da exploração de
petróleo e gás natural, até 31 de dezembro de 2022. Os recursos serão
utilizados para o pagamento de salários atrasados dos servidores inativos e
pensionistas.
De acordo com o secretário estadual de Planejamento e das
Finanças, Aldemir Freire, a atual dívida do Governo do Estado com os servidores
é de R$ 900 milhões a R$ 1 bilhão. “Não é possível pagar com os recursos
correntes de 2019”, disse em reunião com os deputados no dia que antecedeu a
votação. A expectativa da receita estimada a ser antecipada é de R$ 480 a R$
530 milhões. Durante a discussão, os deputados destacaram os riscos
pertinentes à operação. A situação fiscal do estado e a necessidade de ajuda
federal para resolver a questão foram os pontos mais frisados pelos
parlamentares. “Essas medidas propostas não atacam o problema fiscal”, destacou
José Dias (PSDB) enquanto Getúlio Rêgo (DEM) afirmou que “a crise do RN não
será debelada em curso prazo, sem auxílio federal”.
Emenda - Uma emenda modificativa ao projeto foi apresentada pelo
deputado Kelps Lima (Solidariedade) e aprovada pelo plenário da Casa
Legislativa que, segundo explicou, permitirá a utilização de parte dos recursos
para amenizar a dívida dos ativos. “Fica vedado ao tesouro estadual alocar
recursos para o Fundo Financeiro do Rio Grande do Norte (Funfir),
exclusivamente, no mês em que os recursos dispostos no caput desse artigo
ingressarem na conta do mencionado fundo”, diz o texto.
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