A atriz Lady Francisco morreu neste sábado (25), aos 84 anos,
no Rio de Janeiro, confirmou seu filho, Oscar Francisco, para a QUEM.
"Infelizmente, mamãe faleceu,neste sábado às 13 h. O céu ganhou mais uma grande
estrela", disse o diretor da TV Globo. Lady estava internada na UTI do
Hospital Unimed Barra, na Zona Oeste da cidade, e teve uma piora no quadro
de saúde na noite desta sexta-feira (24). Ela foi hospitalizada no fim de abril
após quebrar o fêmur durante um passeio com seus dois cachorros no Parque Guinle,
onde morava. Ela foi operada, mas teve complicações após a cirurgia, precisando
ser entubada, sedada e depois submetida a uma traqueostomia.
O último papel da
atriz na televisão foi na novela Malhação: Vidas Brasileiras, em
2018, onde ela deu vida à personagem Lorraine. Além da corretora de Oscar, de
53 anos, ela deixa mais uma filha, a corretora de imóveis Andrea Frank, de
54.
Leyde Chuquer Volla Borelli Francisco de Bourbon, mais conhecida como
Lady Francisco, nasceu em Belo Horizonte (MG). A atriz começou a carreira
artística na capital mineira, com participações no rádio e na TV Itacolomi. Em
1972, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estreou na televisão e no cinema. A
primeira novela da atriz, na Tupi, foi em Jerônimo - o Herói do Sertão (1972).
Atuou em grandes marcos na TV Globo como A Escrava Isaura (1976),
de Gilberto Braga, Marrom Glacê (1979), de Cassiano Gabus
Mendes, e Baila Comigo (1981), de Manoel Carlos. Um de
seus maiores sucessos populares foi como Gisela em Louco Amor (1983),
de Gilberto Braga, em que fez dobradinha com José Lewgoy. A atriz estreou no cinema em meados dos anos 70. Um varão entre
as mulheres (1974), de Victor di Melo, e O padre que
queria pecar (1975), de Lenine Otoni, foram os primeiros filmes
de Lady Francisco, que ainda foi dirigida por cineastas como Alcino Diniz, Alberto
Salvá, Carlos Mossy, Roberto Mauro, John Doo e Reginaldo
Faria.
Entre os destaques de sua carreira no cinema estão O crime do Zé
Bigorna (1977), de Anselmo Duarte; a ambígua Lígia em Lúcio
Flávio - o Passageiro da Agonia (1977), de Hector Babenco; e como
uma das protagonistas de Profissão: mulher (1982), de Claudio
Cunha, como uma carente e complexada solteirona. Lady Francisco fez também parceria com o cineasta Levy Salgado atuando
nos filmes O preço do prazer (1979), Anjos do sexo (1981)
- nesse também como co-diretora, Os rapazes da calçada (1981)
- em que se traveste de homem, Punk - os filhos da noite (1983), O
verdadeiro amante sexual (1985), e Sexo selvagem dos filhos da
noite (1986). Depois desse filme, a atriz ficou só em televisão. Em 2000 atuou
em Marcas da Paixão, na Record. Em 2005, voltou para a Globo, onde
atuou em Alma Gêmea, e em 2007, em Duas Caras. De volta
à Record, em 2009, fez Chamas da Vida. Retornou para a Globo em
2012, em Cheias de Charme. Fez participações em Saramandaia e Louco
por Elas, em 2013, em Geração Brasil, em 2014, e Totalmente
Demais, em 2015.
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