
“Defendo que todos os policiais façam
exame toxicológico”, afirmou o senador Styvenson
Valentim (Podemos-RN) em entrevista ao UOL. “Sabe
por quê? Você sabe quantos policiais hoje estão segurando um fuzil 5.56, uma
calibre 12, que usam crack? Que cheiram cocaína? Sabe por que não sabemos qual
é esse número? Porque não é feito o exame toxicológico obrigatório. Pode
acreditar que não são poucos.”
Para provar que não fala da boca para
fora, Styvenson,
que é capitão da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, publicou
recentemente seu exame toxicológico em suas redes sociais (os resultados foram
negativos), e defende que seus colegas façam o mesmo.
“Falo por mim,
mas qual o motivo de quem não quer fazer isso? Qual o problema? O que tem para
esconder?”, questiona. “Como que você vai atuar na rua, no
policiamento, muito doido? Primeiro que o policial que está na rua lidando com
o público não pode estar alterado, drogado, para não colocar a população em
risco. Segundo, é que um cara desse pode ser também corrupto. Vai prender um
traficante e tomar a droga dele”, afirma o capitão da PM, que atuou
na força por 15 anos. Na opinião dele, um antidoping por amostragem, como é
feito entre os atletas em competições oficiais, poderia ser estabelecido entre
os policiais.
Exame toxicológico na escola
Ele conta que quando codirigiu uma
escola militarizada (gerenciada em parceria entre estado e militares) na
periferia de Natal,
implantou o exame toxicológico por amostragem entre os alunos. “Se você
sabe que vai ser testado, isso já tem um efeito de dissuasão né”, acredita. Ele diz que na época a ideia causou
polêmica — a medida não tem amparo legal e nenhum estudante pode ser obrigado a
fazer um exame do tipo em escolas públicas — mas no final a comunidade aprovou
o estilo dos PMs na cogestão da escola. “Nunca pegamos ninguém no
teste”.
FONTE: PORTAL N10
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