
Seis meses após dar início
a uma nova proposta pedagógica com objetivo de melhorar a gestão pública com
base na cultura de planejamento estratégico, a Escola de Contas Severino Lopes
de Oliveira contabiliza os primeiros resultados nos municípios que já receberam
capacitação por meio do termo de cooperação firmado com o Tribunal de Contas do
Estado (TCE-RN). As prefeituras de Mossoró,
Parnamirim, São José de Mipibu, Bom Jesus, Portalegre e Jardim do Seridó já
adotam em suas gestões o conteúdo transmitido pelo programa “Redesenhando a
Gestão Pública – do Planejamento ao Controle”, cujo objetivo é introduzir na
administração pública as culturas do planejamento, controles internos, técnicas
de construção dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA), além da
educação continuada, da eficiência, da inovação, da participação e práticas
essenciais para o desenvolvimento institucional. “Planejamento está
umbilicalmente ligado a resultados.
Não tenho dúvidas que para se ter
resultados mais efetivos, para ter mais saúde, mais educação, mais políticas
públicas, é importante planejar. Tudo começa no planejamento”, testemunha o
secretário de Planejamento Abraão Padilha, de Mossoró, o primeiro município a
receber a capacitação do TCE, como piloto do projeto. “Nenhum órgão público ou
privado vive sem planejamento. A Prefeitura está dando um grande salto, saindo
do empirismo para um trabalho cientifico”, enfatiza o prefeito de Parnamirim,
Rosano Taveira da Cunha. “Pedimos para que a equipe do TCE implantasse esta
modalidade de planejamento, dando início a uma nova era no município de
Parnamirim”, conta. Para selecionar os 12
municípios que fariam parte da primeira etapa, dentro do cronograma de 2019, a
Escola de Contas promoveu quatro encontros regionais com palestras voltadas
exclusivamente para a temática do planejamento estratégico. Ainda estão na
programação para receber o treinamento, as prefeituras de Apodi, Martins,
Caicó, Pau dos Ferros, Cruzeta e Macaíba.
A ideia partiu do diretor
da Escola de Contas, conselheiro Tarcísio Costa, que percebeu que o baixo nível
do planejamento estratégico dos municípios nos resultados do Índice de
Efetividade da Gestão Municipal (IEGM), ferramenta utilizada pelo TCE para
sistematizar anualmente informações em sete áreas da gestão pública dos
municípios, entre elas o planejamento. “Verificamos que justamente o
planejamento, a mais importante para todas as outras áreas, tinha resultados
negativos. Por isso, priorizamos”, conta o conselheiro. “O foco do programa é o
desenvolvimento integrado e permanente das unidades gestoras, a partir da
transferência do conhecimento e boas práticas de gestão”, destaca o coordenador
da Assessoria de Planejamento de Gestão, Gláucio Torquato. Segundo ele, há
muita dificuldade dos gestores na execução de políticas públicas eficientes e
eficazes em decorrência da ausência do planejamento, o que termina ocasionando
resultados negativos.
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