
Mantendo estabilidade em
relação a setembro (0,09%) e agosto (0,08%), o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA-15) ficou em 0,09% em outubro. Este é o menor resultado para um mês
de outubro desde 1998, quando a taxa foi de 0,01%. No ano, o IPCA-15 acumula
alta de 2,69% e, em 12 meses, de 2,72%, segundo os resultados divulgados hoje
pelo IBGE. Os gastos com saúde e cuidados pessoais estão pesando mais no bolso dos
brasileiros.
O grupo teve a maior variação (0,85%) e o maior impacto (0,10
ponto percentual) entre os nove grupos pesquisados, especialmente por conta dos
itens de higiene pessoal e produtos farmacêuticos, com alta de 2,35% e 0,54%,
respectivamente. Por outro lado, o grupo alimentação e bebidas teve deflação (-0,25%) resultante
da queda de 0,38% nos preços de alimentação no domicílio. As maiores taxas
negativas foram dos tubérculos, raízes e legumes, que vêm caindo nos últimos
meses, com destaque para a cebola (-17,65%), a batata-inglesa (-14,00%) e o
tomate (-6,10%). Já os preços das carnes subiram 0,59%, depois de queda de
0,38% em setembro.
O grupo habitação apresentou a segunda maior variação negativa no índice do
mês, influenciado pela queda nos preços da energia elétrica (-1,43%) em virtude
da mudança das bandeiras tarifárias. Em setembro, a bandeira vermelha
impulsionou a alta do índice, sendo compensada em outubro, com a mudança para a
tabela amarela. O grupo de transportes acelerou na comparação com o mês anterior, passando de
0,09% para 0,35%, puxado pela gasolina, que havia apresentado ligeira queda em
setembro (-0,06%) e registrou alta de 0,76% em outubro. O óleo diesel, apesar
de ter apresentado a maior alta (3,33%), não tem a mesma influência no grupo,
assim como o etanol (0,52%) e o gás veicular (0,23%). A inflação dos
combustíveis ficou em 0,77%.
Fonte: IBGE
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