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racolimo e Sirolimo estão faltando na Unicat de Natal RN — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi
Pacientes
transplantados renais do Rio Grande do Norte têm reclamado da falta de dois
medicamentos, que fazem parte do tratamento, na Unidade Central de Agentes
Terapêuticos (Unicat) neste início do mês de outubro: o Tracolimo e o Sirolimo.
Segundo o diretor geral da Unicat, Ralfo Cavalcanti, que confirmou a ausência
dos medicamentos na unidade, a previsão é de que o Tracolimo esteja à
disposição nesta segunda-feira (7) e o Sirolimo no dia 14 de outubro para os
pacientes. "O ideal é que não falte, mas temos o agendamento", disse
Ralfo Cavalcanti ao G1. Segundo ele,
a demora neste mês aconteceu por uma questão burocrática, já que o medicamento
é enviado pelo Ministério da Saúde. Ele acredita, no entanto, que esse envio
volte seja normalizado até o fim do ano. "O Ministério da Saúde tem tido
mais dificuldade com esses medicamentos neste ano, mas não é comum esse atraso.
Acredito que essa situação esteja regularizada nos próximos meses", disse.
Um dos
pacientes que procurou a Unidade e teve a negativa do medicamento foi Janeide
Silva, que deveria ter recebido o Tracolimo no dia 3 de outubro - ela faz uso
há quase seis anos. Segundo o filho dela, Victor Araújo, essa insegurança
quanto a chegada do medicamento não é algo novo. "Sabemos que isso é
recorrente por mais tempo, só que a evidência maior está desde o começo deste
ano. Ela participa de um grupo de transplantados em que todos estão bem
preocupados com a situação dos últimos dias", explicou ele. A reclamação
dos usuários dos medicamentos é de que não havia sido dado prazo da chegada
deles na Unicat. "É possível que algum funcionário tenha dito, por não
saber, que não havia previsão. Mas ela estava agendada. Às vezes não procuraram
para passar a informação correta e termina que o usuário fica em pânico numa
situação dessas, já que a vida dele depende desse medicamento", explicou o
diretor geral da Unicat, Ralfo Cavalcanti. Victor conta
que a mãe dele toma o medicamento diariamente. Ele diz que ainda há o remédio
na casa dela, mas vários amigos que fazem o mesmo tratamento já estão
precisando de reposição.
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Patrícia Grace com o marido: ela só tem o Sirolimo até a próximo sexta-feira (11) — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi
Uma dessas
pessoas é a aposentada Patrícia Grace, que só tem um dos medicamentos por mais
uma semana. "Eu só tenho até sexta-feira (11) o Serolimo de 1mg. Há uma
luz no fim do túnel que pode chegar no dia 14, mas isso é uma previsão, sem ter
certeza que vai chegar a medicação. E se não chegar, o que nós vamos fazer? Não
há como comprar, porque é um medicamento de alto custo. Não há condições",
reclama. Patrícia
Grace, que recebeu o rim doado de um irmão, teme essa demora. "A gente
fica com medo, nervosa, ansiosa, pela falta da medicação, porque ficamos em
risco", diz. Os dois
medicamentos funcionam para evitar a rejeição do órgão no corpo e são
considerados de alto custo. Segundo a Unicat, no Rio Grande do Norte 607
pacientes fazem uso do Tracolimo e outros 40 pacientes usam o Sirolimo no
tratamento.
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