
O último repasse do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM) deste mês será transferido às 5.568 prefeituras na
quarta-feira, 30 de outubro. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) prevê,
a partir de dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), montante 5,38% maior
do que o repassado no mesmo período de 2018. Pouco mais de R$ 2 bilhões deve
ser partilhado, considerando a retenção constitucional do Fundo Nacional da
Educação (Fundeb). Sem o desconto da contribuição dos Entes municipais
ao Fundeb, valor bruto, a CNM estima que o valor a ser transferido chegará
a R$ 2,5 bilhões. Mesmo considerando os efeitos da inflação, em relação ao
ano passado, outubro fecha com saldo positivo de 3,39%. As cifras foram: R$ 2,9
bilhões no primeiro decêndio, R$ 989 no segundo e R$ 2,5 bilhões no último, se
a estimativa se confirmar.
Ao mostrar os repasses anteriores,
o levantamento da entidade mostra um decréscimo no primeiro decêndio,
recuperado nos dois últimos. Nos dez meses deste ano, o FPM só não registrou
saldo positivo em fevereiro e junho, e, ao somar todos os repasses feitos até
agora, o crescimento foi de 8,69%. Aplicada a inflação ao cálculo, o resultado
positivo reduz para 4,76%. Todos porcentuais em relação ao ano anterior. Mesmo com o saldo positivo do FPM, o presidente da
Confederação, Glademir Aroldi, faz dois apontamentos: a economia nacional está
começando a demonstrar melhora, mas levará um tempo para se recuperar
completamente; e o resultado do crescimento do fundo não é suficiente para
superar a transferência de responsabilidade passada aos Municípios ao longo dos
anos.
“É preciso desconcentrar recursos e promover novo pacto federativo”,
afirma. Outro aspecto ressaltado por Aroldi é a respeito da
partilha dos recursos que, apesar de o valor parecer alto, quando dividido
entre todos os Municípios, não é suficiente para garantir uma boa prestação de
serviços públicos. Conforme mostra o levantamento do último decênio, do total,
apenas R$ 502 milhões ficarão com 44,16% dos Municípios, os
de com coeficiente 0,6. Mas esse montante não é divido da mesma forma entre as
2.459 localidades.
Distribuição
“O FPM, bem como a maioria das receitas de transferências do País, não apresenta uma distribuição uniforme ao longo do ano”, destaca o levantamento, que afirma dois ciclos distintos ao longo do ano. Geralmente, sugere a CNM, os repasses mais elevados ocorrem no primeiro semestre, entre fevereiro e maio. De julho a outubro, os repasses tendem a diminuir significativamente, com destaque para setembro e outubro.
“O FPM, bem como a maioria das receitas de transferências do País, não apresenta uma distribuição uniforme ao longo do ano”, destaca o levantamento, que afirma dois ciclos distintos ao longo do ano. Geralmente, sugere a CNM, os repasses mais elevados ocorrem no primeiro semestre, entre fevereiro e maio. De julho a outubro, os repasses tendem a diminuir significativamente, com destaque para setembro e outubro.
Tal tendência faz com que a CNM oriente os gestores
a planejarem com cuidado suas ações. A entidade lembra ainda que, do valor
recebido, além dos 20% destinados ao Fundeb, os Entes municipais são obrigados
a investir 15% em ações de saúde e 1% no Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (Pasep).
Confira o levantamento completo AQUI.
Por Raquel Montalvão/Agência CNM de Notícias
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