
Fonte: Potiguar notícias
Vender para o governo é uma grande
oportunidade para os donos de pequenos negócios ampliarem a carteira de
clientes e aumentarem a receita. Mas essa modalidade ainda é pouco aproveitada
pelos pequenos negócios do Rio Grande do Norte. De acordo com pesquisas do
Sebrae, 29% das microempresas e empresas de pequeno porte potiguares são
fornecedores de bens e serviços para órgãos públicos. No caso dos
Microempreendedores Individuais (MEI), o percentual é ainda menor. Apenas 13%
dos MEI’s do Rio Grande do Norte participam de compras governamentais. O baixo índice de participação das
empresas de pequeno porte nas compras públicas, em grande parte, está
relacionado à falta de cumprimento da legislação.
A Lei Complementar 123/2006
obriga a união, os estados e os municípios a oferecerem um tratamento diferenciado
às micro e pequenas e MEI nos processos de licitação. Entretanto, a legislação
ainda não é cumprida em grande parte do país. Os pequenos negócios encontram uma
série de obstáculos a serem ultrapassados, como a falta de informações para
entrar em um mercado que ainda é novo para alguns empreendedores desse
segmento. Além disso, a falta de qualificação contribui na exclusão dessas
empresas das concorrências públicas. Por isso, é fundamental obter informações
sobre os processos, principalmente na localidade onde o empreendedor está
instalado. Para participar desse processo, é importante que os empresários
busquem capacitação para minimizar os riscos, evitar prejuízos e alcançar
resultados.
Divulgação
Na administração pública,
há chances de negócio para empresas de todos os portes, que envolvem desde o
fornecimento de bens até a prestação de serviços, como o de reparos,
manutenção, entre outros. Pensando nisso, o Sebrae selecionou cinco dicas para
ajudar os empresários que pretendem participar das compras públicas.
Antes de tudo, pesquisar
As compras são realizadas nas esferas
federal, estadual e municipal. Para começar, é recomendável que o empreendedor
faça uma pesquisa nos sites das prefeituras para conhecer o plano anual de
compras, com a relação dos serviços e produtos que o município irá contratar
naquele ano. Para isso ele deve entrar na aba licitações e conhecer o que está
sendo oferecido e identificar se a sua empresa tem o potencial de fornecimento.
Obs: Nem todas as prefeituras publicam o plano anual de compras, por isso, é
recomendável buscar na aba licitações informações sobre as compras ou ir
pessoalmente à prefeitura.
Cadastro para vender
O empreendedor tem que se cadastrar
como fornecedor para que possa receber informações das licitações abertas. Para
isso, é preciso verificar nos sites das prefeituras como fazer o cadastro
(pessoalmente ou internet, dependendo da prefeitura). É bom lembrar que existem
hoje no país cerca de 60 sistemas de compras, segundo estatísticas do Ministério
da Economia. Para as micro e pequenas empresas e MEI é sempre bom prospectar o
mercado local ou adjacente – pelo menos no primeiro momento. Por isso é
recomendável seguir a primeira regra: pesquisar as oportunidades locais.
Capacitação para entrar no mercado
Para evitar correr riscos
desnecessários ou ter prejuízo, o caminho é um só: capacitação. O Sebrae
oferece cursos presenciais ou pelo modo de Ensino à Distância (EAD) para que o
empreendedor não se aventure por terrenos que não conhece.
Comprasnet é um caminho
Qualquer fornecedor interessado
conhecer o mercado governamental pode acessar o Comprasnet, site do governo
federal que mostra todas as licitações, do governo federal, em andamento. Outra
maneira é o Compras Mobile, o aplicativo disponível em IOS e Android (gratuito)
é um retrato do Comprasnet e avisa onde há oportunidades de negócios, após o
interessado selecionar os filtros relativos à sua área de fornecimento.
Lembrando que para ser um fornecedor do governo federal, é necessário se cadastrar
no SICAF - Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores.
Não ser dependente
O empreendedor precisa ter em mente
que o poder público não é o único mercado que ele pode ter. É bom vender ou
prestar serviços para o governo, mas não se deve abrir mão do setor privado. É
a diversidade de clientes que, muitas vezes, salva uma empresa de apuros.
Fornecer para estados, municípios e União é uma conquista importante, mas não
se pode criar uma dependência deles. Nunca é demais lembrar, por exemplo, que o
atraso de pagamentos no setor público não é algo raro.
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