
Os 27 governadores e
representantes das unidades da federação pediram, em uma carta direcionada
ao Congresso, urgência a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
do Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica (Fundeb). A matéria tem apoio do presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que já afirmou que pretende
pautar o texto no plenário da Casa em março. O Fundeb perde vigência no fim deste
ano.
Os governadores se reuniram
em Brasília na manhã desta terça-feira para debater, entre outros pontos, a
urgência para o Fundeb e a fala do presidente Jair Bolsonaro sobre o preço dos
combustíveis. Na carta que será remetida
à Câmara e ao Senado, os chefes dos Executivos estaduais destacaram que o
parlamento compreendeu a “importância de aprimoramento do Fundeb, com a
ampliação da participação da União no financiamento da educação básica e a
revisão da metodologia de distribuição dos recursos”. A proposta que está em
análise em uma comissão especial da Câmara prevê aumento da participação do
governo federal no fundo da educação básica. A União passaria a ser responsável
por 20% dos recursos, o dobro do percentual atual.

A governadora Fátima Bezerra
enfatizou que é urgente a votação e aprovação da PEC e lembrou que a Câmara dos
Deputados já havia assumido este compromisso. Após aprovação na Câmara, a
matéria precisa ser analisada e votada também no Senado. "É urgente a
aprovação do novo Fundeb. Estamos tratando da educação básica, do atendimento
às nossas crianças e jovens, que não podem ficar sem o financiamento público e
precisam de educação de qualidade", afirmou.
Caso não seja renovado, o
fundo deixará de existir e atualmente o Fundeb equivale, segundo o Ministério
da Educação (MEC), a 63% de tudo que é investido nas escolas públicas do
Brasil. "O que colocamos hoje no Fórum é a reafirmação dos pressupostos básicos
da proposta: tornar o Fundeb permanente, ampliar o financiamento da União e
aprimorar os critérios de distribuição. Estas são medidas fundamentais para os
Estados e Municípios atenderem as demandas da população e assegurar o direito
de todos à educação", finalizou Fátima.
A PROPOSTA QUE TORNA
PERMANENTE O FUNDEB
· Desde 2010, o
Governo Federal contribui com apenas 10% do valor do Fundeb.
· A contribuição
passa a 15% até 2021, com acréscimos anuais de 2,5 pontos percentuais até
chegar a 40% em 2031.
*O impacto
orçamentário total seria de R$ 279,8 bilhões.
*O Fundeb é composto
por recursos arrecadados por estados e municípios e da complementação feita
pela União.
*O fundo é hoje o
principal mecanismo de financiamento da educação básica, que vai da creche ao
ensino médio.
*O dinheiro é usado
para pagamento do salário dos professores e para ações de manutenção e
desenvolvimento do ensino, como obras e aquisição de equipamentos.
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