
O Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial,
ficou em 0,21% em janeiro deste ano. Essa é a menor taxa para o mês desde o
início do Plano Real, em 1994. A taxa é
inferior ao 1,15% de dezembro e ao 0,32% de janeiro de 2019. O IPCA acumula
taxa de 4,19% em 12 meses, abaixo dos 4,31% registrados nos 12 meses anteriores. Os dados
foram divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Despesas
Entre os
responsáveis por frear a inflação em janeiro foram os segmentos de saúde e
cuidados pessoais, que teve deflação (queda de preços) de 0,32%, vestuário
(deflação de 0,48%) e artigos de residência (deflação de 0,07%). Os alimentos
continuaram registrando inflação (0,39%), mas em um ritmo bem menor do que a
taxa observada em dezembro (3,38%), o que também contribuiu para a queda do
IPCA de dezembro para janeiro. O pesquisador
do IBGE Pedro Kislanov destaca que o recuo de 4,03% do preço das carnes foi o
principal item individual responsável pela queda da taxa de inflação oficial em
janeiro. “Tivemos uma
alta muito grande no preço das carnes, nos últimos meses do ano passado, devido
às exportações para a China e alta do dólar que restringiram a oferta no mercado
interno.
Agora, percebemos um recuo natural dos preços, na medida em que a
produção vai se restabelecendo para atender ao mercado interno”. Os demais
grupos tiveram as seguintes taxas de inflação: transportes (0,32%), habitação
(0,55%), despesas pessoais (0,35%), educação (0,16%) e comunicação (0,12%). O IPCA de
abril foi calculado com base na nova cesta de produtos e serviços, atualizada
pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, que reflete mudanças
nos hábitos de consumo da população brasileira. Pela primeira vez, um robô
virtual coletou variações de preços do transporte por aplicativo.
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