
Faz um mês desde o dia em que
o corpo de um homem foi encontrado, já em avançado estado de decomposição,
dentro de um estande de tiro da Base Aérea de Natal, e o mistério continua. O ITEP ainda não conseguiu
identificar a vítima. A comparação papiloscópica (digitais) não foi possível e
a versão contada por uma suposta parente que compareceu a sede do Instituto não
apresentou elementos suficientes para convencer o setor de Medicina Legal a
realizar o exame de comparação de DNA. Não bastasse isso, outro fato
tem intrigado bastante nessa investigação. De acordo com o diretor geral do
ITEP, a causa da morte também não foi determinada. O corpo não tinha marcas de
bala, ou perfurações por arma branca, nem perfurocortante.
Pelo raio-x ficou claro para o
médico legista, também, que a vítima não tinha nenhuma fratura que pudesse ter
causado a morte, mas como o cadáver foi encontrado cerca de 6 dias após a
morte, portanto já em avançado estado de decomposição, não foi possível fazer
exames laboratórias que comprovassem,por exemplo, se o homem tinha sido
envenenado ou consumido drogas. O corpo foi achado numa
posição que sugeria que a vítima estivesse sentada quando morreu e que não
tentou se defender, em nenhum momento, de qualquer agressão externa. Teria sido um mal súbito,
então? Se foi, o que teria levado um homem, desconhecido e, possivelmente,
desautorizado pela Bant, a ir ao estande de tiros, sem nenhuma arma e ficar lá
sentado, como que, simplesmente, aguardasse por alguém ou algo acontecer?
A TV Tropical (afiliada
Recordtv) entrou em contato com a assessoria de comunicação da Força Aérea
Brasileira e enviou questionamentos, por email,como eles pediram. A intenção era saber se, ainda
que não identificado tecnicamente pelo ITEP, a FAB havia descoberto nesse
período se aquele homem era algum de seus militares - de repente alguém que
estivesse desaparecido, à época - ou se algum morador da vila, que existe
dentro da unidade; e como essa pessoa ficou morta tantos dias no estande de
tiros sem que ninguém percebesse, antes. Mas até agora a FAB não respondeu a
nenhuma das perguntas. O prazo em que o delegado
Carlos Brandão, da 2a DP de Parnamirim, deveria concluir o inquerito e remeter
a Justiça, também encerraria hoje, mas até agora pouco ou nada foi esclarecido
nesse caso
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