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Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal — Foto: Carlos Moura/SCO/STF
O
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu
nesta segunda-feira (6) por seis meses as dívidas de Mato Grosso e Rio Grande
do Norte com a União. Pela decisão
do ministro, os recursos que os estados deixarão de usar no pagamento das
dívidas deverão ser destinados a ações de combate ao avanço do novo
coronavírus. Além de Mato
Grosso e Rio Grande do Norte, outros 14 estados já obtiveram decisões
semelhantes desde o fim de março. São: Bahia, São Paulo, Paraíba, Paraná,
Maranhão, Pernambuco, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Acre, Alagoas, Pará,
Espírito Santo, Amazonas e Rondônia.
O Rio Grande
do Norte informou que os contratos de dívida com a União e bancos públicos têm
parcelas de R$ 24 milhões por mês. Mato Grosso tem dívida total de R$ 2,1
bilhões e paga mensalmente R$ 10,9 milhões. Nos pedidos
feitos ao Supremo, os estados argumentaram que as medidas de combate ao
coronavírus no âmbito local vão gerar gastos públicos e que os reflexos da
pandemia na economia vão diminuir a arrecadação de impostos. Alexandre de
Moraes concordou com os pedidos, mas destacou que os estados precisam comprovar
que os recursos não utilizados na dívida serão aplicados em medidas de combate
ao novo coronavírus.
*Dívidas por
estado
*Saiba abaixo
quanto os estados informaram ao STF ter em dívidas com a União:
- Espírito Santo: paga
mensalmente R$ 10,9 milhões;
- Pernambuco: as
dívidas de 2020 somam R$ 1,6 bilhão;
- Santa Catarina: ações contra o coronavírus exigem cerca de R$ 3,7 bilhões;
- Bahia: dívida de
R$ 5,3 bilhões;
- Maranhão: dívidas
com bancos públicos que somam R$ 7,4 bilhões. Para 2020, a previsão é de
R$ 1,1 bilhão;
- Paraná: parcelas
mensais a pagar somam R$ 53 milhões. O valor total do débito é de R$ 106
bilhões;
- São Paulo: paga
por mês aproximadamente R$ 1,2 bilhão para abater a dívida;
- Paraíba: tem a
pagar, de abril a dezembro, R$ 193,2 milhões;
- Mato Grosso do Sul: tem
parcelas a pagar de R$ 31,3 milhões por mês;
- Acre: paga
mensalmente R$ 2,6 milhões à União e outros R$ 20,5 milhões a bancos
públicos;
- Pará informou que
a dívida é de R$ 5 milhões mensais e totaliza R$ 67 milhões até o fim do
ano;
- Alagoas: parcelas
mensais da dívida com a União são de R$ 32 milhões (soma de R$ 385 milhões
ao ano);
- Amazonas: não
informou o valor total de sua dívida, mas ponderou que as receitas com
impostos devem cair - a perda é estimada em pelo menos R$ 2,83 bilhões a
partir de maio;
- Rondônia: pediu a
suspensão do pagamento de R$ 138 milhões, valor correspondente da dívida
do estado até o fim do ano.
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