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terça-feira, 30 de junho de 2020

DECOTELLI ENTREGA CARTA DE DEMISSÃO; ATO NO 'DIÁRIO OFICIAL' TORNARÁ NOMEAÇÃO SEM EFEITO

Foto: (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Cinco dias depois de ter sido nomeado, o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde desta terça-feira (30) a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. Até a última atualização desta reportagem, o Palácio do Planalto não tinha anunciado oficialmente a saída do ministro nem o nome do substituto. Decotelli foi o terceiro ministro da Educação do governo Bolsonaro — o primeiro, Ricardo Vélez Rodríguez, permaneceu pouco mais de três meses no posto; o segundo, Abraham Weintraub, 14 meses.

Segundo informou a repórter Delis Ortiz, da TV Globo, a edição desta quarta-feira do "Diário Oficial da União" incluirá um ato que tornará sem efeito a nomeação de Carlos Alberto Decotelli. No fim da tarde, o assessor especial do ministro, Paulo Roberto, deixou o prédio do ministério e confirmou o pedido de demissão do ministro. Ele afirmou que não teve acesso à carta entregue a Bolsonaro e disse que Decotelli está "visivelmente abalado com essa situação”.

Após a polêmica sobre títulos que diz possuir, desmentidos pelas instituições de ensino, a própria equipe do presidente aconselhou Decotelli a deixar o cargo. Embora tenha publicado uma mensagem em rede social elogiando a capacidade do ministro, desde a noite desta segunda-feira, o presidente já dava como insustentável a situação dele. Bolsonaro fez a publicação depois de ter se reunido com Decotelli e ouvido explicações.

São três os pontos questionados no currículo de Decotelli:

·         denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV);

·         declaração de um título de doutorado na Argentina, que não teria obtido;

·         e pós-doutorado na Alemanha, não realizado.

Na última quinta-feira, Bolsonaro anunciou e o "Diário Oficial da União" publicou a nomeação do ministro. Mas no fim de semana, após se tornarem públicas inconsistências em seu currículo, nem chegou a tomar posse.


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