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quarta-feira, 29 de julho de 2020

CURTA CAICÓ: PRODUÇÃO E IDENTIDADE CULTURAL NO SERIDÓ

Edição presencial do Curta Caicó em foto de arquivo

Um caicoense cinéfilo, tão apaixonado pelo cinema quanto pela própria cidade. Raildon Lucena teve a ideia de criar um festival para promover as obras audiovisuais entre os amantes da sétima arte em 2017, depois de entrar em contato com vários artistas e produtores. “Conhecia os grandes festivais, como o de Gramado (RS). Mas percebi que faltava algo voltado para filmes aqui na região, já que não temos salas de cinema”, afirmou. Um ano depois, o sonho se tornou realidade e a primeira edição do Curta Caicó foi realizada no Centro Cultural Adjuto Dias. “Foram mais de 400 inscrições de trabalhos e houve uma participação popular significativa durante os dias de festival. Além da exibição de curtas-metragens, nós também oferecemos oficinas relacionadas ao cinema para a população mais carente”. O festival já é compromisso consolidado entre o cenário independente. “Admitimos vídeos de todo o Brasil e sempre temos uma programação diversificada. Nas duas primeiras edições, que foram presenciais, recebemos cineastas de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraíba, além de representantes locais, como Titina Medeiros”, contou Raildon.

Pela pandemia da Covid-19, o Curta Caicó foi remarcado para o período entre 8 e 16 de agosto, sendo realizado de maneira online para evitar aglomerações. “Quando o festival acontecia no Adjuto Dias, muitos ambulantes e artesãos trabalhavam na frente do centro – algo importante, pois movimentava a economia criativa na cidade. Agora, teremos o obstáculo virtual para enfrentar, mas esperamos a adesão de todos”, relembrou o idealizador. Considerada resistência cultural, a mostra tem o objetivo de fomentar a produção audiovisual em todo o Rio Grande do Norte, como uma janela de exibição em pleno semiárido potiguar. “Queremos motivar os profissionais da área a produzir, incentivar os talentos, também desejamos que os caicoenses aproveitem momentos de lazer, mas com bagagem histórica e artística”, assegurou Raildon, que pretende ajudar a resgatar e a manter a identidade de Caicó. Para tanto, o filme que será exibido na abertura do festival é o “Boi de Prata”, clássico gravado em Caicó na década de 1970, feito por Augusto Ribeiro Jr. com uma abordagem sobre os significados do sertão nordestino, em relação ao folclore, paisagem e população. “Além disso, teremos 10 categorias de curtas, entre nacionais, nordestinos, potiguares e seridoenses”, revelou Raildon. 

A programação completa deve ser divulgada amanhã,  dia 30 de julho nas redes sociais (@curtacaico). O Curta Caicó conta com o apoio do Centro Técnico Audiovisual, através do prêmio CTAv, que corresponde ao serviço de mixagem de 20 horas da Mostra Potiguar. O diretor e idealizador Raildon Lucena, através da Referência Comunicação, promove eventos culturais na cidade do Seridó há anos. Também conta com o patrocínio do Governo do Estado, Fundação José Augusto, Programa Cultural Câmara Cascudo, Eletrocenter, Rende Gás, Slup. Apoio do Sesc, Sebrae, Morada da Paz, Inplarn, Replac e Místika, Elo Company, Prefeitura de Caicó, IFRN e UERN.

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