“O Museu do Seridó (MDS/UFRN)
é, ao mesmo tempo, um local de pesquisa acadêmica, ponto turístico de Caicó e
uma instituição aberta à preservação e à comunicação das manifestações
populares regionais”. A frase é de Tiago Tavares, historiador e coordenador
adjunto do projeto Museu do Seridó: preservação de acervo e divulgação da
memória seridoense. Com início no dia 3 janeiro, o trabalho é uma extensão das
atividades de higienização e organização dos acervos do Museu, reiniciado em
2019, e visa à superação dos desafios na luta por divulgação e manutenção da
história local. Só nos últimos três anos, centenas de peças já passaram pelo
projeto e foram resguardadas conforme os critérios da museologia.
Tiago esclarece que esse
trabalho é interno, silencioso e costuma passar despercebido pelos
visitantes, uma vez que grande parte dos acervos não entra em exposição. Para
guiar a iniciativa, o Museu do Seridó finalizou, em dezembro de 2021, seu Plano
Museológico. O objetivo foi analisar a situação atual da instituição,
expectativas futuras e que etapas cumprir para alcançá-las. Até fevereiro, o
projeto de conservação recebe a coordenação de Vanessa Spinoza, diretora
do MDS, e conta com o apoio das comunidades acadêmicas e externas à UFRN.
Na luta pela conservação da memória, Tiago aponta que a principal barreira tem sido aproximar o tema da população geral e, posteriormente, estabelecer um processo educativo. “Por preservação, entendemos mais que acondicionar e catalogar corretamente as peças de um museu, embora isso seja primordial. Por isso, nós estamos sempre procurando contato com nosso público, de forma, inclusive, não presencial”, enfatiza o historiador.
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