
Barragem está praticamente pronta, mas somente será concluída quando todos os moradores das áreas inundáveis forem removidos para locais seguros. Foto: Governo do Estado
Um dia depois de a Barragem
Oiticica ter atingindo a capacidade máxima de 15 milhões de metros cúbicos, a
Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) reativou o sistema
principal para restabelecer o abastecimento pleno de Jucurutu, município do
Vale do Açu de 18 mil habitantes, dos quais 10,9 mil residentes na área urbana.
Nas primeiras horas da manhã deste sábado 8, o sistema emergencial de sifões montado no ano passado foi substituído pelo principal, projetado para captar 140 mil litros/hora, que é a capacidade de operação da Estação de Tratamento. “Isso não só ajusta a situação de Jucurutu, como dá uma folga grande à Serra de Santana. E Laginhas (distrito de Caicó) volta a ter água com mais frequência”, disse o presidente da Caern, Roberto Sérgio Linhares. Antes, a água da adutora Serra de Santana era compartilhada pelas três localidades. De acordo com técnicos da Caern, no máximo em 72 horas a água deve chegar a todos os bairros de Jucurutu. A cidade tem 5.267 ligações de água encanada. “É uma notícia maravilhosa, uma bênção de Deus!”, comemorou Linhares.
Segurança hídrica
A barragem está praticamente pronta, mas somente será concluída quando todos os
moradores das áreas inundáveis forem removidos para locais seguros. Tendo a
transposição como garantia de abastecimento, Oiticica vai transformar o Seridó
na primeira região do Semiárido a conquistar 100% de segurança hídrica. Quando
estiver concluída, terá capacidade para 590 milhões de metros cúbicos. Será o
terceiro maior reservatório do Rio Grande do Norte. O projeto foi dimensionado
para atender à demanda pelos próximos 50 anos.
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As obras do Complexo Oiticica foram iniciadas em junho de 2013, no governo da
então presidenta Dilma Rousseff. O Governo do Estado planeja tranferir os
moradores da antiga para a Nova Barra de Santana no primeiro semestre deste
ano. Pequenos proprietários de terra e trabalhadores rurais serão reassentados
em agrovilas, onde terão casa e uma gleba de terra para o sustento da família.
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