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segunda-feira, 18 de julho de 2022

GREVE DO DETRAN/RN: GOVERNO DO ESTADO FAZ DESCONTO EM CONTRACHEQUE DE SERVIDORES E REVOLTA CATEGORIA

 

A luta por melhores salários e condições de trabalho dos servidores do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte – Detran-RN, sofreu um duro golpe com o desconto aplicado pelo governo do estado no contracheque dos trabalhadores do órgão que estavam em greve desde o último dia 25 de maio. “Foi descontado no contracheque; em dez anos de Detran essa foi a primeira vez”, lamenta o servidor Elias Ferreira, ao comentar a medida tomada pelo governo do estado de cortar o ponto e salários dos servidores. A categoria realizou assembleia na última sexta-feira (15) e decidiu suspender a greve até o dia 27 de julho, condicionada à correção dos contracheques e a celeridade no andamento do processo do concurso público. 

A principal motivação da greve é “a urgência de concurso público para o órgão, tendo em vista que há doze anos não existe ingresso de novos servidores pela via de um certame”, diz o Sinai, sindicato que representa a categoria. Caso os contracheques não sejam corrigidos até o dia 22, os servidores prometem retomar o movimento paredista. “Entendemos ser contraditório ameaçar grevistas de corte de ponto. Nem julgada foi nossa greve”, afirma o coordenador de comunicação do SINAI, Alexandre Guedes “A posição do SINAI-RN não poderia ser outra senão de repúdio a qualquer corte de ponto por conta da luta, como uma greve, por exemplo. 

Tivemos audiência com o governo dia 14 passado e o executivo garantiu a execução do concurso público, tema central da greve, mediante termo de ajustamento de gestão-TAG, como também de garantir o não desconto dos dias parados. Os dois compromissos condicionados ao final da greve”, disse Guedes à reportagem do RNEMDIA. Sobre quais as medidas que o sindicato deve adotar diante a decisão do governo, Guedes disse que “primeiro teremos que checar se o governo vai honrar o compromisso assumido de não descontar o ponto dos servidores do DETRAN-RN. Caso haja desconto desenvolveremos ações políticas e jurídicas contra isso. Esperamos que não seja necessário”, conclui o sindicalista.

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