O secretário de Planejamento Aldemir Freire disse, em entrevista a Tribuna do Norte, que o primeiro semestre desse ano vai ter “pé no chão” para o governo, por conta de possíveis dificuldade de recursos em caixa, e que 2023 será um ano difícil. Esse é o mesmo discurso utilizado nos últimos anos, e o governo tem que parar de fazer a gestão com o dinheiro dos servidores, pois todos sabem que mesmo com tais “dificuldades”, algumas categorias foram atendidas em suas demandas salariais.
Diferentemente de outras classes, os servidores da Administração Direta tiveram apenas de 4,5% a 15% de reajuste há dois anos. Falas de dificuldades financeiras foram utilizadas para um aumento tão pequeno. O aumento do salário mínimo até já comeu bastante desse aumento, assim como a inflação. Mas, por outro lado, outras classes tiveram reajuste bem maior e até mesmo mais de uma vez durante o governo. Será que esse “pé no chão” vai ser deixado de lado para o magistério ou judiciário, que já se movimentam por novos reajustes? Ou esse “pé no chão” só serve para servidores humildes que ganham próximo ao salário mínimo?
Reabertura de postos fiscais
O governo diz que o Estado
está sofrendo com perdas de receita do ICMS, mas em nenhum momento apresentou
maneiras de se arrecadar mais e estancar as dificuldades financeiras. Uma
dessas formas seria a reabertura de postos fiscais nas estradas, o que o
governo Fátima Bezerra não fez em quatro anos de gestão. Os postos fiscais são
instrumentos para impedir a sonegação de produtos que são transportados nas
estradas do RN. Antes era possível ver cerca de 15 locais de fiscalização
espalhados por todo o Estado, mas em 2012 foram desativados, acumulando
sonegações e perdas milionárias de arrecadação.
Caso o governo tivesse atendido as diversas manifestações públicas do SINSP/RN para que esses postos fossem reabertos, hoje o Estado poderia não sofrer tanto com a diminuição na alíquota dos combustíveis, ocorrida durante 2022. Então, ao invés de afirmar que vai ter “pé no chão” e dizer que será um ano difícil, propomos ao governo ações concretas visando melhorar a economia do Estado. Os servidores não podem pagar a conta por omissão da gestão. Há formas de arrecadar mais e o governo deve colocá-las em prática. O SINSP estará vigilante e não vai aceitar que os menores salários do Estado mais uma vez saiam prejudicados. Pelo fim das desigualdades no serviço público! Reajuste para os mais carentes já!
FONTE: SINSP/RN
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