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quinta-feira, 5 de outubro de 2023
VAI À SANÇÃO PROJETO QUE CRIA RECOMPOSIÇÃO DO FPM ATÉ O FIM DE 2023
As
perdas ocorridas de julho a setembro no Fundo de Participação dos Municípios
(FPM) serão recompostas pela União. Atendendo a um dos pleitos da Confederação
Nacional de Municípios (CNM) e dos mais de três mil gestores locais que se
mobilizaram em Brasília por soluções para a crise financeira vivida nas
cidades, o Senado aprovou, na noite desta quarta-feira, 4 de outubro, o Projeto
de Lei Complementar (PLP) 136/2023. Agora, o texto vai à sanção.
Pela
manhã, sob pressão do movimento municipalista, a Comissão de Constituição e
Justiça do Senado já havia aprovado o projeto por unanimidade e requerimento
para levar o tema direto ao Plenário da Casa. Por acordo entre os senadores, a
votação final ocorreu também no mesmo dia. “Estamos fazendo uma
excepcionalidade diante da situação realmente muito difícil dos Municípios,
atendendo os prefeitos e as prefeitas, que aguardam a apreciação desse
projeto”, ponderou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A
sensação do movimento municipalista é de reconhecimento pela urgência
compreendida pelo Congresso, mas de alerta, diante da dimensão do desequilíbrio
financeiro em todo o país. “Como já havíamos avisado, é um fôlego importante,
mas extremamente pontual e emergencial. O que precisamos e queremos é o
cumprimento real do pacto federativo, para solucionar uma crise que é
estrutural, que cresce há anos com subfinanciamento do governo federal, com
aprovação de projetos em Brasília que aumentam despesas nos Municípios sem previsão
de receita, entre outros pontos”, avaliou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
O que
diz o projeto
Diante
da situação de crise, estima-se que cerca de R$ 2,73 bilhões da compensação do
ICMS com pagamento previsto para 2024 serão antecipados aos Municípios neste
ano. A CNM atuou para garantir o repasse dos Estados aos Municípios e o texto
estabelece que os governos estaduais comprovem mensalmente ao Tesouro Nacional,
por meio de declaração, o repasse da parcela devida aos governos municipais.
O
relator ainda destacou no Plenário que, além da recomposição de julho a
setembro do FPM, o PLP define que, ao fim de 2023, sejam apuradas possíveis
quedas. “Ao término do ano, a União complementará os recursos do FPM caso se
constate redução real do repasse quando considerado todo o exercício.”
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