O arroz atingiu o preço mais
alto da história no Brasil, ultrapassando a marca de R$ 113 por saca, revela o
Cepea/Esalq, com uma valorização impressionante de 38,5% nos últimos 12 meses.
A escalada dos preços no campo também se faz sentir no varejo, com a Associação
Brasileira de Supermercados (Abras) reportando uma valorização de 10,8% até
setembro deste ano. A pergunta que fica é: por que esse alimento básico na mesa
dos brasileiros está ficando mais caro?
Diversos fatores contribuem
para esse momento histórico:
Menor Área Plantada: Na safra
22/23, o Brasil semeou a menor área de todos os tempos, com menos de 1 milhão e
meio de hectares.
Produção em Queda: A produção
também caiu para o mais baixo patamar em quase 20 anos, com pouco mais de 10
milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento.
Exportações Aquecidas: As
exportações estão em alta, com expectativa de fechar o ano em torno de 1,7
milhão de toneladas.
Restrição Global na Oferta:
Restrições na oferta global de arroz da Índia, um dos maiores exportadores do
mundo.
Dificuldades no Plantio:
Dificuldades no plantio da safra atual, a 23/24, especialmente nas áreas de
maior produção, como os estados do Sul do país, devido ao excesso de chuvas que
tem prejudicado os trabalhos de campo.
A projeção da Cogo Inteligência em Agronegócios é que os preços do arroz permaneçam firmes até o início de 2024, quando a colheita no Brasil tem início. No entanto, espera-se que haja repasses adicionais para o consumidor, uma vez que a indústria busca melhorar a rentabilidade do cereal. Aumentos na área plantada e na produção são esperados no Brasil, contudo, dependem das condições climáticas favoráveis.
Globalmente, a demanda por arroz é alta, e a oferta restrita. O arroz foi o grão que mais aumentou de preço no mercado global nos últimos 12 meses, registrando uma elevação de 30% em dólares, destacando-se pela entressafra na América Latina, problemas na produção em países como Índia e Malásia, e uma safra menos robusta nos Estados Unidos. Isso indica que podemos esperar meses de arroz com custo elevado pela frente.
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