Hugo Calderano chegou para a
disputa de medalha de bronze com a sensação de já ter feito história. Nunca um
atleta de fora da Ásia ou da Europa havia chegado à fase de semifinais no
torneio olímpico masculino do tênis de mesa. Depois de ser derrotado pelo sueco
Truls Moregard pelo direito de disputar o ouro, Calderano voltou a jogar neste
domingo (4) na briga pelo bronze. O adversário era uma estrela em ascensão no
tênis de mesa mundial: Félix Lebrun, francês de apenas 17 anos de idade. Para
Lebrun, além do bronze, era a oportunidade de uma espécie de revanche, já que
nas quartas de final Calderano havia derrotado o irmão dele, Alexis Lebrun.
Com o apoio da torcida na Arena Paris Sul 4, Lebrun começou melhor a partida. No primeiro set, Calderano chegou a abrir 4 a 2, mas logo o francês virou para 8 a 4. Lebrun contou com erros do brasileiro para fazer 11 a 6. Félix Lebrun fechou a a quarta parcial em 11 a 6 e o duelo em 4 a 0, conquistando uma inédita medalha de bronze olímpica para a França. Apesar da derrota, Hugo Calderano alcançou o melhor resultado de um atleta brasileiro na história dos Jogos Olímpicos, ultrapassando um feito que pertencia a ele mesmo. Na edição de Tóquio, o mesa-tenista carioca havia chegado até as quartas de final.
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