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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

OLIMPÍADAS: CAIO BONFIM CONQUISTA MEDALHA INÉDITA NA MARCHA ATLÉTICA EM PARIS

Caio Bonfim foi prata da marcha atlética 20km nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Ele completou os 20km de prova no entorno à Torre Eiffel em 1h19min09s, nesta quinta-feira. O ouro ficou com o equatoriano Daniel Pintado. O bronze, com o espanhol Alvaro Martin. O brasileiro vive uma redenção, após ter ficado em quarto na prova da Rio-2016. Embora tenha sido o melhor resultado da história do Brasil em Olimpíadas até então, o atleta ficou a apenas cinco segundos do medalhista de bronze, o australiano Dane Bird-Smith. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, o desempenho de Caio não foi tão bom. Ele terminou os 20km na 13ª colocação. “Depois de Tóquio, eu sentei comigo mesmo e falei: ‘E aí, cara, é isso mesmo que você pode fazer?’. Um cara perguntou: ‘Foi difícil essa prova?’. Não, difícil foi o dia que marchei na rua pela primeira vez e fui xingado. Falei para meu pai que estava pronto para ser marchador, foi dia que decidi ser xingado sem ter problema”, emocionou-se Caio após a prova.

Na prova desta quinta-feira, o brasileiro saiu muito à frente do pelotão, mas logo cedeu posições enquanto media o ritmo. Ao fechar 10km, um momento chave da prova, Caio estava novamente na liderança, com os atletas ainda próximos. O brasileiro voltou a ceder posições 2km depois, chegando a ficar em 19º, mas sem perder distância do pelotão de elite, em um momento em que os atletas passavam a se dispersar mais. Fechando os 14km, Caio aumentou o ritmo e encostou em Daniel Pintado, do Equador. Eles eram seguidos de perto pelo campeão olímpico em Tóquio, o italiano Massimo Stano. Junto do trio, o espanhol Álvaro Martin também se destacou. Um sobraria além do pódio.

A última volta teve o distanciamento de Pintado na frente. Ele se junta ao compatriota Jefferson Pérez, ouro em Atlanta-1996 e prata em Pequim-2008, nos 20km da marcha atlética. Esta é a quarta participação de Caio em Olimpíadas. Na primeira, em Londres-2012, ele terminou carregado por uma cadeira de rodas “Tem que ter muita coragem para viver de marcha atlética. Valeu a pena pagar o preço. Hoje eu pude falar para meu pai e para minha mãe: ‘Nós somos medalhistas olímpicos’”, comemorou em meio às lágrimas. “Essa prova aí, parece que nós estamos brincando de rebolar? Vai rebolar 20km, cara! Tem gente que pergunta: ‘Qual o intuito dessa prova?’ É uma competição

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