A reprovação do governo Lula (PT) entre os agentes do mercado financeiro cresceu e chegou a 90%, segundo uma pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (4). No último levantamento, feito em março, a reprovação era de 26% Outros 3% avaliam o governo Lula como positivo (eram 6% em março) e 7%, como regular (eram 30%).
O levantamento ouviu 105 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro em fundos de investimento com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro entre os dias 29 de novembro a 3 de dezembro. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.
Números são reação a pacote de
gastos, diz diretor da Quaest
Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os números representam um forte alta na
reprovação do governo Lula e a reação do mercado financeiro ao pacote de corte
de gastos apresentado na semana passada. Entre os entrevistados 86%
acreditam que Lula está preocupado com sua popularidade e 29%, com o equilíbrio
das contas públicas. A avaliação do Congresso
também piorou, segundo Nunes, e uma possível explicação é que o mercado
acredita que a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil deve
ser aprovada, mas o aumento da tributação para quem ganha mais de R$ 50 mil por
mês, não.
Haddad
A pesquisa também mostra que 41% dos entrevistados avaliaram como positivo o
trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, 9 pontos percentuais abaixo
do resultado de março (50%). 24% enxergam o trabalho do
ministro como negativo (eram 12% em março) e 35%, como regular (eram 38%). Para 61% dos agentes do
mercado financeiro, a força de Haddad está menor do que no início do mandato
(eram 14% em março); 35%, veem como igual; e 4%, como mais forte neste período. 58% acham pacote fiscal nada
satisfatório
Segundo a Quaest, 58% consideram o pacote fiscal nada satisfatório e 42%, pouco satisfatório. 67% dos entrevistados disseram que, após o pacote ser anunciado, vão aumentar investimentos no exterior, 30%, manter e 3%, diminuir. Para 85% agentes do mercado financeiro, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil salários mínimos – anunciada junto com o pacote – tende a prejudicar a economia brasileira (15% acham que tende a ajudar). 99%, por outro lado, avaliam que o fim da morte ficta – pensão paga a famílias de militares expulsos –, tende a ajudar a economia brasileira.
Os agentes também foram
perguntados sobre o desempenho do Congresso Nacional. Veja os números:
*41% avaliam como negativo
(eram 17% em novembro de 2023)
*38% como regular (eram 45%)
*21%, como positivo (eram 41%)
FONTE: g1
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