Em dia histórico, sonhado há mais de 70 anos pelo povo do Rio Grande do Norte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega a Jucurutu, nesta quarta-feira (19), para inaugurar ao lado da governadora Fátima Bezerra (PT) a Barragem de Oiticica, que vai proporcionar segurança hídrica para mais de 300 mil moradores de 43 municípios da região Seridó. Ele também assinará a ordem de serviço para construção da Adutora do Agreste Potiguar, que beneficiará mais de 200 mil habitantes de 14 cidades daquela região. A data para a inauguração não foi escolhida à toa. Neste 19 de março de 2025 é celebrado do Dia de São José, que na tradição católica nordestina é considerado o “santo das chuvas”. Reza a crença popular que quando chove neste dia, é prenúncio de inverno e boas colheitas no ano.
A presença de Lula carrega em si um simbolismo especial para os nordestinos. O presidente, que na infância migrou com sua família de Pernambuco para São Paulo em busca de melhores condições de vida, conhece de perto o sofrimento causado pela seca e a luta de tantas famílias para ter acesso à água potável. Levar desenvolvimento e dignidade à população do semiárido nordestino, portanto, é um compromisso histórico do presidente Lula, confirmado mais uma vez com a entrega dessa importante obra no Rio Grande do Norte.
Ordem de serviço da Adutora do
Agreste
Lula, no entanto, não veio ao
estado apenas para inaugurar a Barragem de Oiticica, o segundo maior
reservatório hídrico do Rio Grande do Norte, com capacidade de armazenamento de
742,6 milhões de metros cúbicos de água para consumo humano e produção de alimentos. O presidente também assinará a
ordem de serviço para construção da Adutora do Agreste Potiguar, um
investimento é de R$ 448 milhões que levará água a 14 municípios daquela
região, beneficiando 218,4 mil habitantes.
Entre os municípios beneficiados diretamente estão os dois mais populosos da região: Santa Cruz e Nova Cruz. A obra também contemplará as cidades de Montanhas, Pedro Velho, Canguaretama, Santo Antônio, Serrinha, São José do Campestre, Lagoa D’anta, Passa e Fica, Monte das Gameleiras, Serra de São Bento, Boa Saúde e Tangará. A adutora terá uma extensão de 170,9 km divididos em oito trechos. A cidade de Nova Cruz, que há anos enfrenta problemas de abastecimento, será uma das principais beneficiadas, especialmente em áreas não alcançadas pela Adutora Monsenhor Expedito. Uma das vantagens ambientais do projeto é a redução do bombeamento na Lagoa do Bonfim, promovendo um uso mais sustentável dos recursos hídricos da região. A captação da água será realizada no Rio Guajú.
Inclusão no Novo PAC
O projeto executivo da obra
foi elaborado pela Companhia do Vale do São Francisco (Codevasf), que também
licitou o empreendimento, vencido pelo consórcio Agreste Potiguar. A obra, no entanto, só será
iniciada graças à sua inclusão no Novo PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento), atendendo a uma indicação da governadora Fátima Bezerra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário