O CNJ aplicou pena de disponibilidade, por 60 dias, ao desembargador
Marcelo Lima Buhatem, do TJ/RJ, por divulgar conteúdos de natureza
político-partidária em suas redes sociais, incluindo postagens de apoio a
Bolsonaro e insinuando a associação de Lula ao Comando Vermelho.
Para os conselheiros, o magistrado comprometeu a imagem do Judiciário ao
divulgar as mensagens, contrariando os deveres de imparcialidade, discrição e
decoro exigidos pela magistratura.
O caso
Segundo o CNJ, o contéudo com teor político-partidário foi identificado
no perfil pessoal do desembargador na plataforma LinkedIn, em 7/3/2023. Ele
encaminhou mensagens de grande alcance e publicações cujo teor questionava a
credibilidade do sistema judicial e eleitoral brasileiro. Entre os conteúdos estavam mensagens encaminhadas por lista de
transmissão no WhatsApp que associavam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
ao Comando Vermelho. Em uma delas, o magistrado compartilhou uma reportagem sobre visita de
Lula a uma favela acompanhada da frase: “Lula é convidado de honra do Comando
Vermelho”.
Em outra postagem, ao comentar a capa da Folha de S.Paulo com uma pesquisa Datafolha antes do primeiro turno, escreveu: “Isso sim, tinha que está (sic) no Inquérito das Fake News! Ato contra democracia!”. A Corregedoria Nacional também identificou outras publicações com críticas a ministro do STF, questionamentos sobre a integridade do sistema eleitoral e conteúdo alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em outubro do ano passado, o desembargador teve suas redes sociais suspensas por decisão do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, que apontou reincidência nas condutas investigadas “mesmo depois de já instaurado procedimento investigatório” na Corregedoria.
FONTE: Migalhas
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