A operação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, já é considerada a mais letal da história do estado, com 64 mortos, incluindo quatro agentes de segurança. A ação, batizada de Operação Contenção, envolveu cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, com o objetivo de cumprir mais de cem mandados de prisão contra traficantes ligados ao Comando Vermelho (CV). Segundo o governo, durante os confrontos, suspeitos teriam reagido com tiros, barricadas em chamas e o uso de drones para lançar explosivos. Colunas de fumaça foram vistas de diversos pontos da cidade em imagens divulgadas na internet. O número de mortos supera as vítimas das operações anteriores mais sangrentas do Rio: a do Jacarezinho, em maio de 2021, com 28 mortos, e a da Vila Cruzeiro, em maio de 2022, que resultou em 24 óbitos.
De acordo com o balanço parcial, até o momento 60 suspeitos foram mortos, incluindo três de outros estados (Bahia e Espírito Santo), e quatro agentes de segurança, dois policiais civis e dois militares. Um delegado permanece em estado gravíssimo. Além disso, de acordo com a ONG Voz das Comunidades, três civis foram feridos por balas perdidas: um homem em situação de rua, uma mulher em uma academia e um trabalhador de um ferro-velho. Em publicação nas redes sociais, moradores do complexo da Penha e Alemão divulgaram imagens da destruição de casas. No Complexo da Penha, 17 escolas tiveram as aulas interrompidas. No Alemão, 28 escolas foram impactadas pela operação.
Moradores relataram abordagens violentas durante a operação. De acordo com publicação da página “A voz das Comunidades” violações de direitos seguem causando medo e revolta dos moradores. Policiais também realizaram 81 prisões até o momento, com cinco detidos sendo feridos e internados sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. As apreensões incluem 31 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas.
FONTE: BRASILDEFATO
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