A Confederação Nacional de
Municípios (CNM) alerta os gestores municipais para as exigências dispostas no
Ofício Circular 2025/003.501, emitido pelo Banco do Brasil em 10 de setembro de
2025, que estabelece novas regras para a movimentação financeira das contas do
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb).
De acordo com o documento, a
partir da próxima segunda-feira, 13 de outubro, o sistema bancário será
parametrizado para bloquear movimentações que não estejam vinculadas aos
códigos de finalidade específicos definidos pelo FNDE, por meio da Portaria
752/2025. Isso significa que lançamentos sem a devida indicação serão
rejeitados automaticamente.
Além disso, as portarias que
fundamentam a medida determinam que:
- as contas do Fundeb devem estar vinculadas
ao CNPJ da Secretaria Municipal de Educação ou órgão equivalente;
- poderá ser necessária a abertura de nova
conta do Fundeb, com a titularidade adequada;
- movimentação da conta passa a exigir assinatura obrigatória do Secretário de Educação, em conjunto com outro representante autorizado, o que aumenta as demandas burocráticas.
Divergências
A CNM ressalta que o prazo estabelecido pelo FNDE é extremamente curto,
considerando as divergências normativas e as exigências cadastrais que
precisarão ser atendidas. Essa situação pode gerar transtornos significativos
para os Municípios, inclusive com risco de bloqueio de pagamentos essenciais da
educação. A entidade reforça que já
havia apontado a necessidade de maior diálogo e prazo adequado para
implementação das regras. Agora, orienta os gestores a entrarem em contato
imediato com suas agências do Banco do Brasil para verificar a situação de suas
contas do Fundeb, bem como iniciar os processos de adequação cadastral o quanto
antes.
Preocupada com as repercussões e penalidades a serem impostas aos Municípios e aos gestores com possíveis bloqueios de recursos, a CNM encaminhou o Ofício 1389/2025 ao FNDE e ao Banco do Brasil. No documento, a entidade solicitou prorrogação do prazo e abertura de diálogo com os atores envolvidos com a medida para padronizar os procedimentos e garantir a adequação normativa sem perdas ou penalidades. A CNM segue acompanhando o desdobramento do tema junto ao FNDE e ao Banco do Brasil, cobrando soluções factíveis que reduzam a burocracia e garantam a segurança jurídica e a regular execução dos recursos da educação básica.
CNM
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