O mecânico Hugo Napoleão de Amorim Mota, de 27 anos, residente no bairro Aeroporto I, reclama que precisa fazer uma cirurgia no pé direito e pelo Sistema Único de Saúde não sabe nem quando isto vai acontecer. Ele foi atropelado pelo estudante de engenharia civil José Fernandes Castelo, de 19 anos, no dia 13 de abril passado, perto da Praça dos Hospitais, em Mossoró.
Castelo fugia de uma blitz da Polícia Estadual de Trânsito na Avenida Leste Oeste. Na perseguição, ele teria atropelado três pessoas, entre elas o mecânico Hugo Napoleão, e só parou o carro quando foi baleado pela PM no bairro Nova Betânia, tendo morrido pouco tempo depois no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Hugo Napoleão, em entrevista ao Blog O Câmera, relatou que saiu de sua casa para um supermercado no Centro da cidade e quando passava em uma das ruas, entre a Melo Franco e a Juvenal Lamartine, foi atropelado às 20h10 por um veículo escuro que desenvolvia alta velocidade sendo perseguido pelos policiais militares. Hugo conta que foi levado para o HRTM. Sofreu duas fraturas fechadas no tornozelo direito.
A cirurgia que ele terá que fazer custa cerca de R$ 6 mil no particular, pois o seguro do trânsito DPVAT (Danos Pessoais Causados Automotores de Veículos de Via Terrestre), segundo ele, só cobre parte da cirurgia. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ainda conforme a vítima, à espera é muito longa, interminável. Não existe nem previsão. A família do jovem que o atropelou, que é do Ceará, prometeu ajuda-lo financeiramente para fazer a cirurgia, mas conta que, desde terça-feira passada, dia 7, não atende aos telefonemas. Existe uma possibilidade de Hugo Napoleão fazer a cirurgia em um hospital de Russas, mas ainda não recebeu a confirmação. Hugo relata que passa o dia todo sentado em frente a TV e para se deslocar precisa de muletas. Ele também está sem trabalhar devido ao acidente.
Fonte e foto: O Câmera